As oitavas de final da Copa Libertadores da América prometem ser desafiadoras para os clubes brasileiros. A maior parte dos brasileiros classificados para a próxima fase da competição continental, terá Atlético-MG, Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Internacional, no pote dos primeiros colocados. O pote dos segundos colocados, terá apenas o São Paulo. E é justamente no pote dos segundos onde se encontram os clubes mais indigestos. O sorteio dos jogos das oitavas ocorre na próxima terça-feira (1º).
No pote dos primeiros, além dos brasileiros já citados, encontram-se ainda alguns clubes argentinos como Argentino Juniors e Racing e o equatoriano Barcelona de Guayaquil. Porém, no segundo pote estão os clubes com maior peso na América do Sul. É o caso de clubes como Boca Junior, River Plate e Olímpia, além dos sempre indigestos Universidad Católica e Cerro Porteño. Estes são alguns dos mais tradicionais da competição.
Juntos, os argentinos Boca e River contabilizam um total de dez títulos da Libertadores, sendo que o primeiro é o segundo maior campeão, com seis títulos (1977, 78, 2000, 2001, 2003 e 2007). O River levou em quatro oportunidades: 1986, 96, 2015 e 2018.
Argentinos: campanhas sem brilho
O Boca ficou em segundo no grupo C, em uma campanha até aqui sem muito brilho: 10 pontos conquistados, sendo três vitórias, um empate e duas derrotas. O mesmo aconteceu com o River, que foi o segundo do grupo D, tendo conquistado nove pontos: duas vitórias três empates e uma derrota.
O Olímpia, do Paraguai, é tricampeão. Ganhou a Libertadores em 1979, 1990 e 2002. Já o chileno Universidad Católica, apesar de não ter vencido a competição ainda, chegou à uma final, em 1993, e é presença constante na competição. O Cerro Porteño é outro clube complicado que chega às oitavas de final.
O Olímpia também ficou com nove pontos, na segunda colocação do grupo B, sendo três vitórias e três derrotas. O Cerro foi o segundo do grupo H, com dez pontos, sendo três vitórias, um empate e duas derrotas.
Com isso, crescem as chances dos brasileiros melhores colocados pegarem alguns desses times mais tradicionais e fica reduzida a chance de ter um duelo nacional das oitavas da Libertadores: pode ocorrer apenas um jogo doméstico na competição continental. Ainda assim, caso os clubes nacionais se classificam para as quartas de final, é possível ter seis entre os oito clubes restantes na fase posterior às oitavas.
Podemos ter uma final brasileira nesta Libertadores? Difícil dizer ainda. Mas a chance é grande. No entanto, é necessário antes passar pelos adversários indigestos para chegar lá. Como em toda Libertadores, os jogos prometem ser uma guerra.