Goleiro: a mais ingrata das posições

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Goleiro

A maioria dos amantes do futebol conhece esta frase: “desgraçado é o goleiro; até onde ele pisa não nasce grama.” É atribuída a Dom Rossé Cavaca, pseudônimo de José Martins Araújo (1924-1963), jornalista, publicitário, humorista e cronista esportivo.

De fato, parece ser um consenso que a posição de goleiro, além de difícil, é ingrata. E a vítima pode ser, até mesmo, um arqueiro que já foi eleito como o melhor do mundo. É o caso, por exemplo, de Alisson, do Liverpool – e da Seleção Brasileira – agraciado com o Prêmio Fifa The Best, em 2019.

Alisson, tudo indica, está passando por uma fase difícil, pois falhou em sequência: primeiro, contra o Manchester City; depois contra o Leicester.

Ao tentar sair jogando com os pés errou dois passes que resultaram em gols, na derrota – na verdade, uma goleada – de 4 a 1 para o Manchester City. E, diante do Leicester, saiu mal do gol, de forma totalmente atabalhoada, fato que redundou em um tento para o adversário, que venceu por 3 a 1.

Por figurar entre os melhores goleiros do mundo e ter crédito por tudo que já fez ao longo da sua brilhante carreira, que começou no Internacional, Alisson não pode e não deve ser crucificado.

Para o seu técnico – Jurgen Klopp – o fato não altera a confiança que deposita no seu goleiro. Mas, além de manter o equilíbrio emocional diante do ocorrido e certamente das críticas, Alisson tem que recuperar sua melhor forma, pois um goleiro do seu nível não pode falhar da maneira como falhou.

Caso contrário, sua titularidade, não só no seu time, mas também na seleção, correrá sérios riscos. Até porque a concorrência é grande e, na próxima convocação para a seleção, o técnico Tite não poderá deixar de fora o goleiro do Palmeiras, Weverton – o melhor do Brasil na atualidade.