Governo do RS e Grêmio são contra jogos da Copa América no Estado

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Grêmio

A realização da Copa América no Brasil, decidida em reunião da Conmebol na manhã desta segunda-feira, continua a causar polêmica e dividir as opiniões de políticos e cartolas no País. No Rio Grande do Sul a Federação Gaúcha de Futebol gostaria de sediar alguns jogos da competição, mas o governador Eduardo Leite considera inoportuno e tem o apoio do Grêmio, um dos grandes do estado, na oposição aos jogos em Porto Alegre.

A escolheu do Brasil surpreendeu muita gente, devido ao altíssimo número de mortes que a pandemia do novo coronavírus tem causado no País, apenas atrás da Índia em óbitos por causa da doença. Colômbia e Argentina desistiram de organizar o evento, que na opinião de muitos deveria simplesmente ser cancelado. Porém a Conmebol contactou o governo brasileiro – que segue com sua desastrosa política negacionista, considerada a pior do planeta – e a CBF e conseguiu um país para sede.

Já existe um movimento inicial por parte da federação gaúcha para que o Rio Grande do Sul possa sediar alguns jogos, mas a ideia sofreu forte oposição da própria população do Estado. Além disso o governador Eduardo Leite já se posicionou contra a proposta.

– Seria no mínimo inoportuno realizar jogos da Copa América no Rio Grande do Sul. Precisamos concentrar esforços no enfrentamento da pandemia e neste contexto é inadequado que a competição ocorra aqui – enfatizou o governador gaúcho.

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, também é contrário á intenção da federação. “Não acho prudente neste momento uma Copa América que foi recusada em três países. E do ponto de vista sanitário não é recomendável que se gere todo um aparato para cá por uma copa” opinou o dirigente gremista. O Internacional até o início da noite não tinha se manifestado a respeito do assunto.

Ao contrário do governo do Rio Grande do Sul o de São Paulo, através da Secretaria de Estado de Esportes, informou à tarde que não fará objeção a sediar partidas da Copa América, praticamente as portas para a realização de confrontos entre os paulistas, os mais atingidos do País pela pandemia de Covid-19.