Greve de jogadores escancara mais uma vez a crise financeira do Cruzeiro

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Cruzeiro

A crise que atinge o outrora poderoso Cruzeiro nos últimos anos ganhou nesta quarta-feira mais um capítulo de dramaticidade e quase desespero para seus apaixonados torcedores. Os atletas do clube celeste decidiram iniciar uma greve pelo não pagamento de pelo menos dois meses de salários, além de valores de férias, 13º salário e FGTS. Enquanto isto o presidente da agremiação mineira, Sérgio Rodrigues, encontra-se em Portugal para fazer uma palestra.

Os jogadores cruzeirenses decidiram externar sua insatisfação, que atinge também os funcionários do clube – muitos tendo de ser ajudados pelos próprios atletas -, anunciando que não participarão de treinos na Toca da Raposa por tempo indeterminado.

O próximo treinamento na Toca estava marcado para a quinta-feira, mas deverá ser cancelado. O anúncio foi feito nas redes sociais dos próprios jogadores. Um dos líderes do grupo, o goleiro Fábio lamentou a situação, que os atletas classificam como “desgastante e angustiante”, mas destacaram que não havia outra alternativa para chamar a atenção dos dirigentes para o grave problema financeiro. 

Em um dos trechos do anúncio da greve os atletas que os débitos com os jogadores e funcionários chegou a seis meses de atraso em 2021, até que a questão foi minimizada pela diretoria, mas o problema persiste com mais demora para saldar as dívidas.

Nem mesmo se pode precisar quanto o clube deve a cada jogador e há fases em que falta de tudo nos espaços de treinamento da instituição. Em 2020 os jogadores fizeram um movimento semelhante, também por causa de salários em atraso, refusando-se a ir para a concentração para o jogo contra o Oeste pela Série B.

O Cruzeiro, que empatou em 0 x 0 com o Botafogo na última rodada, em Belo Horizonte, ocupa a 11ª posição o torneio nacional, com 39 pontos, mas ainda pode ser ultrapassado por Remo e Vila Nova. As chances de retornar para a elite ainda este ano são inferiores a 0,5%, segundo os matemáticos.