Infelizmente mais um caso de racismo marcou uma rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Um atleta do América de Natal sofreu injúrias raciais em um confronto com o Central de Caruaru (PE) no Estádio Lacerdão, naquela cidade pernambucana. A diretoria do clube potiguar já emitiu uma nota de repúdio e exige a punição do envolvido.
Após a partida que terminou com um triunfo dos visitantes, o goleiro foi chamado de “macaco” por um torcedor do Central, o que revoltou o atleta com a agressão sofrida no estádio do adversário pernambucano.
“O torcedor ficou chamando a gente de macaco, eu e o Davi. Se não fosse a filha dele, que mandou ele sentar, ele estaria lá chamando até agora. Respeitamos todos os os torcedores, mas nos chamar de macaco…”, enfatizou o indignado goleiro americano em entrevista para um jornalista local.
Renan Bragança usou suas redes sociais para agradecer as mensagens de apoio e lamentou o ocorrido. O goleiro, porém, não prestou queixa na delegacia, apesar de deixar claro que racismo é crime e deve ser sempre coibido.
NOTA DO AMÉRICA (RN)
“O racismo e a discriminação racial são crimes e violam os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nu futebol – um esporte que simboliza paz, união e inclusão – não há espaço para atitudes que tentam ofuscar o brilho da bola rolando, dos gols e das vitórias. O Orgulho do RN reafirma seu compromisso com a igualdade e com o combate firme a qualquer forma de preconceito ou discriminação”, diz a nota do clube potiguar.
Pelo menos até o momento de edição desta matéria a diretoria do Central de Caruaru não tinha se posicionado a respeito do ato de racismo por parte de um de seus torcedores.