O clássico da recuperação? Corinthians e São Paulo se enfrentam na próxima quinta-feira às 19h30, na Neo Química Arena, na capital paulista, em duelo de times que perderam em casa na rodada passada.
EM BUSCA DE REAÇÃO
O Corinthians vem de uma derrota por 1 x 0 para o Ceará na Neo Química Arena, resultado que agravou a situação do time no Campeonato Brasileiro. Atualmente com 42 pontos e na 13ª posição, o Timão enfrenta uma campanha abaixo do esperado e precisa urgentemente de uma vitória para se afastar da zona de risco.
“Primeiro, acho que quando você tem um volume como tivemos, teríamos que ter uma tranquilidade um pouco maior. Não estávamos num dia inspirado, foi um dia difícil,” analisou o técnico Dorival Júnior após o revés, referindo-se ao desempenho da equipe contra o Ceará e à necessidade de melhorar a compreensão do jogo.
Já o São Paulo, com 45 pontos e na 8ª colocação, briga por uma vaga na Libertadores e sofreu uma derrota por 1 x 0 para o Bragantino no Morumbi. A equipe de Hernán Crespo também sente o peso da sequência de resultados ruins e a pressão para voltar a vencer neste clássico.
“Fico feliz com a entrega do grupo, mas esta temporada tem sido complicada. Temos que aprender com os erros e não repeti-los,” declarou Crespo, destacando que o foco agora é somar pontos nas rodadas finais para sonhar com a classificação à competição continental.
LESÕES E DESFALQUES PARA O CLÁSSICO
A comissão técnica do São Paulo ainda não sabe se poderá escalar o meia Lucas Moura, de 33 anos, que reclamou de dores no joelho direito e está passando por controle de carga e fisioterapia.
A situação do jogador preocupa a comissão técnica do Tricolor, que aguarda uma avaliação diária para confirmar sua presença. Lucas já passou por duas cirurgias este ano e, se não puder atuar, será uma baixa importante para o time. Além disso, o meia Oscar pode reforçar a equipe, dependendo da recuperação de uma lesão na panturrilha esquerda.
O Corinthians também conta com desfalques importantes para o clássico. Rodrigo Garro, peça fundamental no meio-campo, recebeu o terceiro cartão amarelo na partida contra o Ceará e está suspenso.
O técnico Dorival Júnior terá de ajustar a equipe para suprir a ausência do argentino, que deverá ser substituído possivelmente por Breno Bidon ou com mudanças táticas envolvendo Memphis Depay, que também ainda não tem presença garantida, já que estava servindo à Seleção da Holanda na Data Fifa.
EXPECTATIVA PARA O CONFRONTO
Com tantas dificuldades, o clássico parece ser mais do que um mero jogo; é uma oportunidade para que ambos os times iniciem um processo de recuperação na tabela e reencontrem a confiança.
Dorival Júnior reflete essa necessidade ao afirmar: “Tenho que encontrar soluções para que o time apresente o desempenho que queremos, porque o time (contra o Ceará) não esteve no melhor dia. Temos que aprender com os erros e jogar com mais serenidade”.
Para Hernán Crespo, a prioridade é que o São Paulo se mantenha focado e competitivo. “Este grupo sempre deu a cara e merece alegria. Não podemos desanimar, mesmo diante das dificuldades e lesões. Vamos lutar até o fim para buscar a vaga na Libertadores,” ressaltou o treinador são-paulino.
CONCLUSÃO
O comentarista esportivo especializado em futebol paulista Rafael Silva aponta que o clássico tem uma dimensão psicológica importante para ambos:
“Mais do que os pontos, esse Majestoso vale para dar um respiro, para que as equipes que vêm de derrotas fortes possam ajustar suas falhas, principalmente na defesa, e voltar a ter regularidade,” avalia, destacando que a pressão será intensa na Neo Química Arena.
