O bom resultado na estreia do Botafogo na Copa do Brasil – como campeão da Libertadores do ano passado o clube já entrou direto na terceira fase -, com goleada sobre o fraco Capital (DF), não foi a única boa notícia para a torcida alvinegra na última quarta feira. Alguns atletas que ainda não tinham deslanchado na temporada começaram enfim a mostrar que o investimento teria valido a pena e o esquema adotado e repetido pelo técnico Renato Paiva mais uma vez funcionou.
Um dos jogadores que apareceram mais e até marcaram gols no triunfo de 4 x 0 sobre o time do Distrito Federal foi o meia ofensivo Artur. Contratado a peso de ouro para suprir lacunas deixadas pelas saídas de Thiago Almada, Luiz Henrique e do reserva de luxo Júnior Santos, o atleta estava há muito tempo buscando afirmação e em mais de uma oportunidade saiu vaiado pelos torcedores nos compromissos do Botafogo.
No duelo de ontem no Nilton Santos Artur sem dúvida foi um dos melhores em campo. Além de ter organizado boas jogadas ofensivas e apoiar bem, o atleta fez um belo gol de cabeça aproveitando uma ótima jogada do lateral-esquerdo Cuiabano. Ele começou alguns bons contra-ataques, ajudou a desarticular o sistema defensivo do adversário e esteve sempre presente como um perigo constante para os defensores do Capital (DF).
Na comemoração de seu tento, Artur fez um gesto de quem estava “espantando a má sorte” que o estariam perseguindo desde que chegou ao atual campeão da Libertadores e do Brasileirão. Aliviado, o meia ainda saiu aplaudido pelos torcedores que compareceram ontem ao Nilton Santos.
Outro que jogou bem foi Rwan Cruz. Ainda com o foco no glorioso ano de 2024, muitos torcedores não entenderam muito bem o porquê de sua contratação, considerando o jogador muito aquém do que se esperaria de um elenco multicampeão na última temporada.
Entretanto, Rwan Cruz foi muito bem e marcou um gol depois de um bate-rebate na área do adversário. Agrediu bem, apoiou quando necessário e mostrou-se bastante solidário em campo. O já conhecido Jeffinho também deixou uma boa impressão na chance que teve no confronto com o Capital (DF), assim como outros reservas que tiveram sua oportunidade.
Apesar das contusões de Savarino e de Barbosa, dores de cabeça para Renato Paiva no próximo compromisso pelo Brasileirão, contra o Bahia, seu ex-clube, em Salvador, o treinador também pôde observar que mais uma vez o esquema 4-4-2 provou ser um bom caminho para armar seus comandados em campo. Mesmo com vários reservas, a formação passou em mais um teste. Basta saber, agora, como o time vai se comportar contra um adversário bem mais forte como o Bahia fora de casa. Só o tempo dirá.