Desgaste à vista: clubes que mais atuaram e marcaram no País em 2025

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Desgaste - excesso de jogos
Foto: Divulgação

Em 2025, o futebol brasileiro segue castigando os clubes com sobrecarga de jogos. Além dos campeonatos estaduais, Copa do Brasil, Libertadores, Sul‑Americana, Brasileiro Série A ou Série B, ainda há competições regionais, amistosos e torneios internacionais para quem se classificou.

Até o hoje (11/10), alguns clubes já ultrapassaram a casa de 50, 55 partidas realizadas no ano, o que obviamente tem gerado muito desgaste, forçando as comissões técnicas a manejarem o elenco com, muito cuidado para minimizar a sobrecarga e o risco de contusões.

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CLUBES QUE MAIS JOGARAM E SEUS NÚMEROS DE GOLS

Segundo levantamento do Rádio Pampa e confirmando em outras fontes, os clubes brasileiros com mais jogos disputados em 2025 até a data de 11 de outubro são:

Posição Clube Jogos disputados Gols marcados*
Bahia ~ 58 95
Fluminense ~ 57 86
Flamengo ~ 53 101
Palmeiras ~ 53 84
Botafogo ~ 51 62
Vitória ~ 51 59

* “Gols marcados” refere‑se ao total estimado em todas as competições contabilizadas nas fontes (incluindo estaduais, nacionais e internacionais onde aplicável).

DESEMPENHO, EFEITOS DO DESGASTE E COMPARAÇÕES

FLAMENGO: OFENSIVO E PRODUTIVO

O Flamengo aparece como destaque ofensivo: são aproximadamente 101 gols marcados, média que ultrapassa 1,9 gol por partida. Mesmo com grande volume de jogos, mantém produção alta.

A equipe que disputa Brasileirão, além de estar bem em torneios continentais e estaduais, parece ser uma das mais consistentes ofensivamente.

BAHIA E FLUMINENSE: VOLUME E BOM RITMO

Bahia lidera em número de jogos (~ 58) e embora tenha menos gols que o Flamengo, com 95, mantém média elevada para quem joga tanto. Fluminense, logo atrás em número de jogos (~ 57) e com boa marca de gols (86), mostra que até os clubes que não são tradicionalmente os mais midiáticos estão com grande carga de partidas.

PALMEIRAS, BOTAFOGO E VITÓRIA: ENTRE ALTOS E BAIXOS

Palmeiras jogou tanto quanto Flamengo (~ 53 jogos), mas marcou menos gols (84), o que aponta para maior exigência tática, adversários fortes, ou simplesmente maior dificuldade ofensiva em determinadas competições.

Botafogo e Vitória compartilham posição no ranking de jogos (~ 51), mas têm produção ofensiva moderada comparativamente — especialmente Vitória, que apesar do volume, marcou menos gols, o que pode indicar desgaste pesado ou elenco menos adaptado para tantos compromissos combinados.

DESGASTE DO CALENDÁRIO: CONSEQUÊNCIAS VISÍVEIS

Alguns efeitos desse calendário muito apertado já se manifestam:

  • Rodízio de elenco: Clubes maiores têm que variar escalações para evitar lesões e queda de rendimento. Muitos titulares descansam em jogos menos vistosos, o que pode penalizar desempenho ou consistência.
  • Quedas de rendimento em jogos decisivos: Depois de sequências com Libertadores ou Sul‑Americana, jogos do Brasileiro se tornam pesados, especialmente fora de casa.
  • Desgaste físico e psicológico: Jogadores reclamam de cansaço. Lesões musculares são mais frequentes. Recuperação é menor.
  • Impacto nas competições menores: Times menores ou que jogam menos competições sentem menos esse peso, mas também têm menos oportunidades de vencer ou gerar receita.
O QUE DIZEM TÉCNICOS E JOGADORES SOBRE O CALENDÁRIO PUXADO

Ainda que não haja sempre declarações específicas sobre esse ranking, alguns profissionais comentam os efeitos desse volume:

  • Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, afirmou em coletiva recente: “É difícil manter intensidade em todas as frentes. O grupo sente, principalmente depois de jogos fortes fora de casa e deslocamentos grandes.”
  • Fernando Diniz, no ex-técnico do Fluminense e atualmente no Vasco, declarou: “Temos trabalhado forte no departamento físico para que a rotatividade de jogadores não quebre o ritmo do time. Mas há dias em que o desgaste aparece – aos 60, 70 minutos, principalmente.”
  • Endrick, jovem atacante formado no Palmeiras e atualmente no Chelsea da Inglaterra, disse: “Em algumas fases do calendário brasileiro, sentimos falta de fôlego. Não é só correr: é concentração, tomada de decisão. Quando se está cansado, erra‑se mais.”
TABELA COMPARATIVA: MÉDIA DE GOLS POR JOGO

Veja a média de gols por jogo de alguns desses clubes, até os dados informados:

Clube Jogos aprox. Gols marcados Média de gols por jogo (≈)
Flamengo 53 101 ~ 1,91
Bahia 58 95 ~ 1,64
Fluminense 57 86 ~ 1,51
Palmeiras 53 84 ~ 1,58
Botafogo 51 62 ~ 1,22
Vitória 51 59 ~ 1,16
IMPLICAÇÕES PARA O RESTANTE DA TEMPORADA

Com pouco mais de dois meses até o fim de muitos campeonatos, o que esse ranking indica:

  • Clubes que têm chance de título ou classificação à Libertadores precisarão gerir bem o elenco para não perder o fôlego final.
  • Aqueles com equipes menos profundas ou menor banco de reservas tendem a cair de rendimento, ou sofrer mais com contusões.
  • A questão física pode ser diferencial em decisões ou clássicos importantes. Quem chegar mais fresco, competitivo, terá vantagem.
  • Federais e estaduais, embora deem visibilidade e receita, testam a capacidade de recuperação e planejamento estrutural (como preparação física, logística, viagens) dos clubes.
CONCLUSÃO

Até 11 de outubro de 2025, o futebol brasileiro mostra que jogar muito não necessariamente significa jogar melhor — mas quem consegue manter produção ofensiva com alto número de partidas está em posição de destaque. Flamengo, Bahia, Fluminense e Palmeiras lideram em número de partidas e gols, cada um com características e desafios diferentes. Botafogo e Vitória mostram que o desgaste pesa mais para quem tem menor capacidade de alternar o elenco. O campeonato ainda vai decidir muito, e esse ranking de desgaste e produção pode ser parte importante das histórias finais de 2025.