Os juízes do futebol brasileiro precisam modificar sua postura em campo em relação a jogadores que reclamam sistematicamente da arbitragem. Jogadores não têm nada que falar com o árbitro – muito menos reclamar – exceção para o capitão da equipe, dependendo das circunstâncias.
As constantes reclamações colocam em xeque a autoridade do árbitro, giram o brilho do jogo e, às vezes, geram tumultos desnecessários.
Os técnicos, que poderiam orientar seus jogadores, não estão preocupados com a questão. Na verdade, a maioria dá péssimo exemplo, porque são os primeiros a reclamar da arbitragem, em pé na beira do campo.
No primeiro jogo da final do Campeonato Carioca – Fla x Flu – realizado no último dia 15, a despeito da boa arbitragem, as reclamações foram constantes, repetindo uma prática antiga do nosso futebol, aceita sem maiores contestações, uma prova, entre muitas, de que o povo brasileiro é mal educado.
No jogo citado acima, o jogador do Flamengo Willian Arão reclamou de forma tão acintosa que, confesso, pensei que ele fosse agredir o árbitro. Seu companheiro Gerson – jogador problemático – também reclama com constância.
Toda e qualquer reclamação deveria ser punida com cartão. Mas os árbitros não agem dessa forma. Por quê?
O tema em tela tem que ser levado a sério pelos dirigentes e técnicos do nosso futebol – de todas as categorias. Desde o infantil, os clubes deveriam orientar seus jogadores a respeito de regras básicas de arbitragem e da importância do árbitro, autoridade máxima no campo de jogo.