O rei está morto, vida eterna ao Rei Pelé!

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Imagem: Santos F.C./Divulgação

O futebol mundial chora a morte de seu maior expoente na história. Morreu na tarde desta quinta-feira em São Paulo, Edson Arantes do Nascimento, por todos conhecido como Pelé, o Rei Pelé, escolhido atleta do século XX e maior goleador do planeta, com 1.283 gols, 1.091 deles com a camisa do Santos e 95 com a amarelinha da Seleção Brasileira.

Pelé tinha 82 anos e estava internado desde 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, na capital paulista. O Rei lutava contra um câncer de cólon. No último dia 21, porém, a equipe médica que o atendia informou em boletim oficial que o ex-jogador apresentava “progressão da doença oncológica” e seu organismo não respondia mais à quimioterapia.

Antes de falecer vários parentes do Rei foram ao hospital passar com ele o que já se imaginava serem os momentos finais da vida do maior jogador da história. Ele deixou sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com que estava casado desde 2016.

Nascido em 23 de outubro de 1940, na cidade mineira de Três Corações, de origem muito humilde, Pelé despontou para o mundo com a camisa do Santos na segunda metade da década de 50. Aquele que viria a ser unanimemente considerado o Rei do Futebol assombrou o mundo quando, com apenas 17 anos brilhou intensamente e foi decisivo para que a Seleção Brasileira conquistasse a Copa do Mundo de 1958, na Suécia.

O maior ídolo da história do Santos ainda esteve presente em três outras copas, no Chile em 1962, Inglaterra em 66 e México em 70, levantando mais duas vezes o troféu Jules Rimet, que veio definitivamente para o Brasil.

Jogador muito mais forte do que a maioria dos atletas de sua época, de ótima impulsão e habilidade extraordinária, Pelé se transferiu do Santos para o futebol norte-americano, que então dava seus primeiros passos. O brasileiro atuou pelo Cosmos, de Nova York, onde encerrou a carreira em 1977.

Fora dos gramados, mas não longe do futebol, Pelé recebeu muitas homenagens internacionais e participou de um filme de Hollywood – Fuga para a Vitória, com Sylvester Stallonne, Michael Caine e outros jogadores como o argentino Ardiles e o inglês Bob Moore, todos consagrados em suas seleções.

O Santos, sempre a grande paixão de Pelé, já decidiu homenagear seu maior atleta com uma mudança em seu próprio escudo, colocando uma coroa acima das duas estrelas correspondentes aos títulos mundiais conquistados com o Rei em campo nos anos 60.