A FIFA vai testar no Mundial de Clubes dos Estados Unidos uma tecnologia avançada de impedimento semi-automatizada. O objetivo será evitar situações como a que aconteceu com o atacante Taiwo Awoniyi, do Nottingham Forest.
No mês passado, Awoniyi se chocou com a trave em um lance em que o assistente de arbitragem manteve a bandeira para baixo, mesmo com o jogador claramente em impedimento. O atacante teve uma lesão abdominal, passou por uma cirurgia de urgência e foi colocado em coma induzido. Felizmente, o atleta está totalmente recuperado.
Segundo a FIFA, a nova tecnologia, testada com sucesso na Copa Intercontinental de dezembro e em torneios de base, enviará um sinal sonoro imediato ao assistente, o que vai orientar o bandeirinha em casos evidentes de impedimento.
“O sistema rastreia automaticamente a posição dos jogadores e da bola, enviando alertas em tempo real aos árbitros em situações claras de impedimento”, informou a entidade.
Bandeira atrasada não acabará
A nova tecnologia, porém não eliminará totalmente o uso da bandeira atrasada, que costuma irritar muitos torcedores. Em casos de lances duvidosos, a decisão ainda passará por verificação. A própria FIFA admite que o sistema não é rápido ou preciso o suficiente para lances mais ajustados.
O uso da tecnologia será em caráter experimental, com aprovação da IFAB, mas sem liberação para uso em todas as competições, como a Premier League, por exemplo.
VAR mais transparente
No Mundial de Clubes dos EUA os torcedores que estiverem nos estádios acompanharão as revisões do VAR ao vivo pelos telões. Embora o público ainda não possa ouvir o diálogo entre os árbitros, será possível assistir aos replays exibidos para o juiz no monitor à beira do campo.
A novidade já foi testada em ligas como a A-League da Austrália e é um avanço para melhorar a comunicação com os torcedores. No entanto, críticos dizem que a falta de áudio continua sendo um obstáculo à transparência total.
Collina destaca importância histórica
Pierluigi Collina, presidente da Comissão de Arbitragem da FIFA, comentou:
“Tenho certeza de que, para os 117 árbitros selecionados para o Mundial de Clubes 2025, fazer parte da primeira edição neste novo formato é algo muito especial. Eles estarão entrando para a história do futebol.”
“Essas inovações mostram o compromisso da FIFA em usar a tecnologia para melhorar a experiência no futebol, com foco especial em tornar as decisões da arbitragem mais claras e compreensíveis.”
