No final deste mês, o técnico Cuca vai disputar sua segunda final de Libertadores, no Maracanã, entre Santos e Palmeiras. A primeira foi em julho de 2013, com o Atlético Mineiro, quando conquistou o título. Seja qual for o resultado da partida, a diretoria santista, pretende renovar o contrato do técnico.
Mas esse assunto só será discutido após a decisão da Libertadores. Foi o que disse o presidente santista numa recente entrevista. Ressaltou que sua vontade na permanência do técnico não é porque chegou na final da Libertadores, e sim pelo seu perfil.
– Ele tem o perfil que a nossa gestão quer de um treinador. Forma equipe, cria convivência ótima, DNA ofensivo, aceita a base. Não é o momento, em plena decisão de Libertadores, sentar para acertar renovação. Ele sabe que a gente conta com ele, como um parceiro nessa reformulação que queremos fazer. Sabe da nossa situação financeira, momentânea, precária – analisou Rueda.
Contratado pelo Santos para substituir o português Jesualdo Ferreira, em 7 de agosto do ano passado e, a despeito da fase difícil do clube, convivendo com graves problemas administrativos e financeiros, Cuca conseguiu criar um bom ambiente entre os jogadores, formou um time competitivo, que está brigando na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro e, para surpresa de muitos, chegou à final da Libertadores.
Em qualquer lista, votação, ou coisa que o valha, para decidir quem é o melhor técnico do Brasil, o nome de Cuca não pode ficar de fora.
A atual fase do Santos prova – mais uma vez – o seu valor. Entre as suas muitas qualidades estão a facilidade no relacionamento interpessoal, a discrição e a coragem – seus times jogam privilegiando o ataque. Na beira do campo seus gestos são contidos; nas entrevistas é objetivo nas suas colocações, evitando assim, polêmicas desnecessárias.
Caso vença a final da Libertadores, Cuca vai inscrever seu nome no panteão dos técnicos de futebol.