
Único dos grandes do Rio de Janeiro de fora do Mundial da Fifa, o Vasco sonha com novos tempos. O clube tenta aproveitar a parada para o torneio internacional para se recriar no Brasileirão-25. Sob o comando do técnico Fernando Diniz a equipe tenta avançar na tabela.
Desde 2016 sem títulos, a torcida do Gigante da Colina espera que tudo mude nos próximos tempos. Afinal, não tem sido fácil assistir seus principais rivais cariocas conquistando taças enquanto o clube de São Januário parece ter parado no tempo.
Abaixo analisamos os desafios e perspectivas do Cruzmaltino na segunda metade esta temporada.
MEIO DA TABELA
A equipe venceu o São Paulo na rodada passada por 3x 1 fora de casa e está na 13ª posição. No Brasileirão-25 Vasco venceu quatro jogos, empatou um e perdeu sete. Muito pouco para quem quer voltar a sonhar alto. Afinal, o Cruzmaltino tem somente dois pontos a mais que o Internacional, por exemplo, que no momento abre a zona de rebaixamento.
A irregularidade tem sido uma marca ao longo de 2025. Houve bons momentos, mas poucos motivos de comemoração. Alguns vascaínos, por outro lado, parecem já ter se acostumado a “pelo menos não ser rebaixado mais uma vez” para a Série B. Algo que já aconteceu quatro vezes em menos de duas décadas.
Ídolo da torcida e artilheiro da equipe, o argentino Pablo Vegetti destacou o esforço dele e de seus companheiros na temporada.
“Sabemos que não estamos onde deveríamos, mas o elenco está comprometido. Temos qualidade e condições de fazer o Vasco dar a volta por cima e voltar aos seus momentos de glória”, acredita o atacante.
MUDANÇAS NA COMISSÃO TÉCNICA
Muito criticado pela torcida e com resultados abaixo do esperado, o técnico Fábio Carille foi demitido em abril deste ano. No mês seguinte a diretoria contratou Fernando Diniz.
Conhecido por seu estilo ofensivo e de valorização da posse de bola, Diniz foi campeão da Libertadores em 2023 com o Fluminense. É o que os vascaínos também esperam do novo treinador para o clube da Colina.
O novo técnico já está tentando aos poucos implantar suas ideias, mas o que muitos se perguntam é se o Vasco tem elenco adequado ao planejamento de Diniz.
“Nosso principal desafio é recuperar a confiança e implementar uma filosofia de jogo que valorize a posse e a intensidade. O Vasco tem sim um elenco com potencial para crescer muito”, assegura Fernando Diniz.
SITUAÇÃO FINANCEIRA DO CLUBE E RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Fora das quatro linhas o Vasco também tenta se recriar e trabalha para retornar às grandes conquistas. Em fevereiro deste ano o clube entrou na Justiça com um pedido de recuperação judicial envolvendo a Vasco SAF e o clube associativo. O pedido foi feito na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o objetivo é reorganizar uma dívida superior a R$ 400 milhões.
“A recuperação judicial foi necessária para proteger o clube e viabilizar investimentos futuros. É uma etapa difícil, mas estamos confiantes no projeto de longo prazo”, frisou o presidente Pedrinho.
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Voltando às quatro linhas, e apesar dos obstáculos, o Vasco está vivo na Copa do Brasil. A equipe enfrentará o CSA no dia 30 de julho, com o primeiro confronto em Maceió.
A meta da comissão técnica é o bicampeonato da competição nacional e a quebra do jejum de taças.
O elenco do Cruzmaltino perdeu um nome de peso, o francês Payet. Porém o clube tem negociações bem encaminhadas com o ídolo Philippe Coutinho por um ano. Além disso, a diretoria segue em busca de alguns reforços pontuais para qualificar o grupo à disposição de Diniz.
Pedrinho destaca a fase que o clube tem vivido dentro e fora dos gramados:
“É um momento de transição, mas temos um grupo forte e um treinador com ideias modernas. Vamos lutar por títulos e por vaga na Libertadores. Em relação às transformações fora do campo, são necessárias e surtirão efeito logo”, acredita o dirigente.
CONCLUSÃO
Ser o único dos grandes do Rio fora do Mundial é algo que fere muitos vascaínos. O ano de 2025 é decisiva para que o clube tenha um futuro melhor, voltando ao protagonismo no Brasil e, quem sabe, internacionalmente.
A torcida, que jamais deixou de apoiar e enche estádios com sua paixão pelo Vasco, seguirá tendo um importante papel para o soerguimento do Gigante da Colina.
“O apoio de nossa torcida é o que nos move. Eles merecem um time competitivo, mas também estabilidade institucional no clube. Isso será um fator determinante”, conclui Fernando Diniz.