Com Renato Paiva cada vez mais perdido, Botafogo afunda no Brasileiro

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Torcida do Botafogo
Foto: Vitor Silva/ Botafogo

O anúncio de Renato Paiva para técnico do Botafogo após cerca de três meses sem um comandante no clube campeão da Taça Conmebol Libertadores e do Brasileirão no ano passado causou espanto em muitos torcedores, que esperavam um nome bem melhor e em parte da imprensa esportiva do País.

Vindo de trabalhos muito ruins, em especial no Bahia, onde saiu quase “corrido” e com o tricolor já assombrado pelo rebaixamento em 2024, Paiva de nenhuma maneira parecia alguém que tivesse tarimba para comandar o alvinegro carioca depois de uma temporada histórica. Além disso, o Glorioso, por descaso ou mesmo incompetência de seus dirigentes, atrasou demais a escolha, após nomes mais fortes e perdeu títulos importantes como a Recopa Sul-Americana para o Racing e a Supercopa do Brasil para seu maior rival, o Flamengo.

Infelizmente, para os torcedores botafoguenses, as perspectivas mais sombrias se confirmaram e o trabalho de Paiva tem sido muito ruim. O time carioca terminou a quinta rodada do Brasileirão apenas na 14ª posição, com cinco pontos, e cada vez mais perto da zona de rebaixamento.

Ainda falta muito para o final do campeonato, que está apenas no começo, mas o que assusta a torcida é a incapacidade que o treinador tem demonstrado para dar ao time um mínimo de padrão de jogo para o restante da temporada. Em vários momentos a equipe mais parece um bando em campo e nada tem funcionado muito bem.

Na última rodada, contra o Atlético Mineiro no sábado passado, mais uma vez o treinador escalou mal, mexeu ainda pior no time e o Botafogo acabou perdendo para o Galo por 1 x 0 no Mineirão. A derrota pode ser considerada emblemática, pois os mineiros fizeram a final da Libertadores de 2024 contra o Glorioso, que venceu com muita autoridade por 3 x 1, e mesmo com um jogador a menos desde o início do primeiro tempo, ficou com a taça do principal troféu do continente pela primeira vez na história. Na Série A deste ano os atleticanos não tinham vencido nenhum jogo antes do duelo com o Botafogo.

Talvez a diretoria botafoguense, o próprio John Textor, que aliás anda sumido dos holofotes no Brasil e parece ter deserdado o antes preferido filho de sua rede de clubes, poderia enfim se explicar. Sem nem sequer falar sobre a destruição de um elenco multicampeão em 2024 ou das fracas contratações para substituir os atletas que deixaram o clube, deveria dar conta da – cada vez mais confirmada – péssima escolha que fez para treinador. É o mínimo que os apaixonados e agora carentes torcedores botafoguenses merecem.