A dívida dos 20 clubes da divisão de elite do Brasileirão mais a do Cruzeiro – que atualmente está na zona de rebaixamento da Série B – com a União chegou à impressionante cifra de R$ 2,8 bilhões. Este valor inclui débitos tributários e previdenciários, Imposto de Renda, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS e Cofins, FGTS e INSS.
O clube que mais deve no momento é o Corinthians, com R$ 858,2 milhões de dívida. A diretoria do Timão questiona este montante e sustenta que pelo menos R$ 500 milhões seriam indevidos. Entretanto, não estão incluídos nos mais de R$ 800 milhões o financiamento que o clube paulista obteve para construir seu estádio há alguns anos.
Logo em seguida ao alvinegro paulista vem o desesperado Cruzeiro, que não apenas amarga a Série B deste ano como está afogado em muitas outras dívidas, incluindo com clubes estrangeiros, o que já levou a Fifa a puni-lo por não saldar seus compromissos. No momento o saldo negativo da Raposa com a União é de 341,7 milhões.
Os dados sobre as dívidas dos clubes são da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Segundo a mesma instituição, dois clubes que estão na ponta da Série A deste ano também estão muito endividados. O líder Atlético (MG) é o terceiro em termos de saldo negativo com a União, totalizando R$ 3,29,8 milhões. O atual campeão brasileiro, o Flamengo, deve R$ 192,8 milhões, e é o quinto maior devedor, atrás do Botafogo, com R$ 258,8 milhões. Outro carioca, o Fluminense, ocupa a sexta colocação no ranking de devedores, com R$ 181,5 milhões.
O Governo Federal sancionou em abril deste ano um novo programa de renegociação das dívidas tributárias e previdenciárias que também contempla empresas e associações, incluindo agremiações esportivas. Isto permitirá uma renegociação e possibilidade de altos descontos para o abatimento das dívidas e, quem sabe, “limpar” os nomes dos clubes brasileiros com a União.