A Superliga Europeia caminha para morrer antes mesmo de sair do papel. As fortes reações contrárias entre dirigentes, jogadores e torcedores em todo o continente intimidaram os clubes fundadores que um a um deixam o projeto.
Depois do Atlético de Madrid e dos seis clubes ingleses que inicialmente estariam no projeto, agora a Internazionale e o Milan seguiram o mesmo caminho e comunicaram oficialmente em seus sites e redes sociais que estão deixando o rol de participantes.
No texto publicado pela Inter a diretoria do clube enfatizava que o “compromisso com todas as partes para melhorar a indústria do futebol nunca mudará”, mas a agremiação de Milão não poderia continuar entre os participantes. Já o Milan alegou que a decisão de deixar a Superliga ocorre a pedido de seus próprios torcedores.
A Juventus, outro dos fundadores da aparentemente natimorta Superliga, se manifestou destacando que ainda acredita no projeto, mas admitiu em suas redes sociais que as chances para sua implantação são muito reduzidas no momento.
Somente Real Madrid e Barcelona entre os fundadores da Superliga ainda não tinham se manifestado sobre o assunto até a hora de elaboração desta matéria. Entretanto, o presidente do Real, Florentino Pérez, cancelou uma entrevista que daria nesta quarta feira após a debandada dos clubes ingleses.
As reações contra o projeto foram em alguns casos bastante duras, com dirigentes de clubes de fora do rol de fundadores, atletas e jornalistas esportivas classificando como descabida ou mesmo gananciosa a proposta de criação da Superliga.
Nas redes sociais os torcedores de muitos clubes europeus, inclusive dos 12 fundadores, também manifestaram sua insatisfação com tal liga, que muitos acreditam que poderia destruir a própria estrutura do futebol mundial.