Clubes cariocas lideram demissões de técnicos no século

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Ramón Díaz
Ramón Díaz (Gabriel Baron/ BFR)

Três dos quatro grandes do Rio de Janeiro lideram o rol de clubes em demissões de treinadores no século XXI. O Botafogo, atualmente na zona de rebaixamento da Série B e muito ameaçado de ter a terceira queda de sua história, lidera o ranking, com nada menos que 34 mudanças de técnico desde o ano 2000.

Logo depois do alvinegro de General Severiano estão Flamengo e Vasco da Gama. Cada um deles mudou de técnico 29 vezes no século. Ambos estão na frente quando computadas as demissões apenas na última década, quando o Cruzmaltino trocou de treinador 18 vezes e o rubro negro 17.

Em 2020 só o Botafogo teve cinco treinadores. O Glorioso começou o ano com Alberto Valentim no comando e terminou com Eduardo Barroca, que na verdade regressou ao posto após já ter ocupado o cargo recentemente por um breve período.

Também dirigiram o Botafogo no ano recém-encerrado Paulo Autuori, Bruno Lazaroni e Ramon Diaz. Este último nem sequer estreou e acabou demitido, pois estava com problemas médicos e deixou seu filho e auxiliar no comando alvinegro. Uma irresponsabilidade e amadorismo de uma péssima diretoria que praticamente arruinou qualquer planejamento.

As constantes demissões de treinadores têm habitualmente como suas piores consequências a anarquia em termos de organização e, o que é pior, péssimos resultados nas competições. Dos 20 clubes que tiveram mais de cinco treinadores em um ano, desde 2003, 14 acabaram rebaixados à Série B, demonstrando que trocar de técnico mais prejudica que resolve os problemas de uma equipe.

Recentemente o Vasco também trocou mais uma vez de técnico, demitindo o português Ricardo Sá Pinto depois de apenas 15 partidas no comando do elenco. Para seu lugar trouxe o experiente Vanderlei Luxemburgo, que comandou o Palmeiras na vitoriosa campanha do título paulista de 2020 depois de 12 anos de jejum.