Ninguém aguenta mais o racismo no mundo e não é diferente no futebol. Durante a partida entre Paris Saint Germain e Istanbul Basaksehir em Paris pela Uefa Champions League mais um lamentável caso do gênero gerou uma reação que certamente entrará para história do esporte.
A partida ainda estava nos 16 minutos do primeiro tempo e as equipes empatavam por 0 x 0 quando o juiz Ovidiu Hategan, alertado pelo quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, expulsou Pierre Webó, ex-jogador e assistente técnico do Istanbul. Este último não concordou e protestou.
Após um bate-boca o quarto árbitro teria dito “esse preto tem de sair do banco” em relação ao auxiliar expulso, o que gerou ainda mais revolta. O fato tornou-se conhecido por todos os jogadores no gramado, que liderados pelo senegalês Demba Ba, que estava no banco da equipe turca, pelo o brasileiro Neymar decidiram abandonar a partida em protesto contra a manifestação racista do romeno.
Dirigentes dos dois clubes, como o brasileiro Leonardo do PSG, desceram para o campo e quando souberam do ocorrido apoiaram a ação dos atletas. O juiz da partida também expulsou Demba Ba, mas a situação ficou insustentável.
O jogo foi adiado pela Uefa, pois mesmo jornalistas envolvidos com a transmissão se negaram a continuar seu trabalho, e remarcado para a quarta-feira, às 14h55 de Brasília, mas o fato com certeza terá sérios desdobramentos e espera-se no mínimo uma dura punição ao juiz romeno responsável ato racismo.
O protesto e abandono do gramado pelos jogadores de PSG e Istanbul entra para história como um ato de coragem que servirá com certeza para que instituições do esporte sejam mais rígidas em coibir o racismo e o preconceito, inclusive no Brasil.