Deu a lógica. Com a vitória nos pênaltis da Argentina sobre a Colômbia – no tempo normal empate de 1 x 1 – os ‘hermanos” decidirão a Copa América contra o Brasil no Maracanã, no sábado às 21 horas. Trata-se de uma decisão das mais previsíveis de um torneio de baixo nível técnico e com apenas alguns momentos de talento que se aproxima talvez de um melancólico final.
Brasil e Argentina não jogaram tudo o que sabem, seus jogadores algumas vezes pareceram atuar de má vontade e ambos deixaram a desejar. Mesmo assim, com a possível exceção da Colômbia, que deu algum trabalho no decorrer do torneio, os maiores rivais do continente estão bem acima das demais seleções sul-americanas.
O maior atrativo da final que ocorrerá no velho Maracanã será sem dúvida o duelo entre Neymar e Messi. Amigos desde os tempos de ouro do Barcelona, os dois reinam soberanos em suas seleções. Sem os dois craques as equipes por pouco não escapam da mediocridade reinante na América do Sul.
O Brasil dos últimos jogos jogou apenas o suficiente para ir avançando na competição, vencendo seus fracos adversários pelo placar mínimo e sem convencer. Muitos no País temem que confrontos com as fortes seleções europeias na próxima Copa do Mundo, que ocorrerá no Catar, acabem em vexames.
A Argentina também penou para chegar à final, mas Messi como sempre resolveu e agora espera quebrar o tabu de nunca ter conquistado um torneio por sua seleção.
Quem assistiu aos jogos da Eurocopa ficou com a sensação de que o Velho Continente está muito à frente em qualidade técnica e tática, por mais que se fale da má qualidade dos gramados de estádios usados na Copa América ou da preguiça e má vontade dos atletas em atuar em um torneio no Brasil, um dos países do mundo mais atingido pela pandemia do novo Coronavírus e que apenas assumiu a realização do campeonato pela pressão de um governo negacionista.
De qualquer maneira, e correndo o risco de ser repetitivo, deu um óbvio Brasil x Argentina na final. O mínimo que se espera agora é que pelo menos na finalíssima a genialidade de Messi ou o grande talento de Neymar falem mais alto e devolvam alguma graça à Copa América do Brasil.