O jornal A Tarde, da Bahia, no dia 20 de fevereiro de 1989, teve como destaque o seguinte título – Campeão do Brasil! O Bahia, ao empatar com o Internacional no Beira Rio por 0 a 0 – o time baiano havia vencido o primeiro jogo, no Estádio da Fonte Nova, por 2 a 1 – sagrou-se Campeão Brasileiro de 1988. Festa no Farol da Barra e na Praça Castro Alves.
O título foi o prêmio de um time que entrou para a história do clube. Ao longo da competição exibiu um conjunto bem azeitado, com disciplina tática, jogadores de talento, como Bobô e Paulo Rodrigues, por exemplo, e entrega total em todos os jogos. E contou com a direção segura do experiente técnico Evaristo de Macedo. Conquista que será eternizada em detalhes por meio do Museu do Bahia, um espaço criado na Fonte Nova, dedicado a preservar a memória do time baiano.
Com o museu, as novas gerações de torcedores poderão conhecer em detalhes o histórico do Esporte Clube Bahia, suas glórias e, claro, também seus percalços, entre eles, o tempo em que o time permaneceu na Série B do Brasileirão. Com denodo, o clube soube superar os obstáculos e restaurar a autoestima.
Para a realização do museu o Bahia contou com o financiamento coletivo dos torcedores e recursos da Lei Rouanet e do próprio clube. O museu é dividido em dois núcleos principais: um dedicado ao time e outro à torcida. Um dos destaques são fotos realizadas por fotógrafos baianos radicados na Bahia e uma sala montada como álbum de figurinhas dos grandes jogadores que jogaram no clube.
A despeito de alguns cidadãos acharem que falar sobre o passado é saudosismo – fato que, não raro, ocorre também entre os mais jovens – preservá-lo é de fundamental importância. Nosso futebol é pentacampeão do mundo porque tivemos craques como Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Rivelino, Gérson, Tostão, Romário, Ronaldo Nazário, entre outros.