Um futebol ofensivo, vistoso e de valorização da posse de bola, tudo temperado com jogadores com muita liberdade para atacar, sem descuidar da defesa. O “Dinizismo”, termo cunhado pela imprensa esportiva brasileira e já adotado por torcedores de diferentes clubes do País, enfim alcança o topo em uma competição e dá mostra que, no Fluminense de Marcelo, Cano e Ganso, pode chegar muito mais longe na temporada.
Por onde passou o técnico Fernando Diniz sempre demonstrou qualidades que os brasileiros gostam de ver em seu próprio clube. Um futebol alegre e “pra frente”, sem medo da derrota e imprensando os adversários. Qual torcedor não gosta de ter seu time do coração adotando tal mistura.
Mesmo com tal admiração sobre seu estilo como técnico, ainda faltava a Diniz uma conquista de mais peso e sobre um grande adversário para deslanchar como um dos maiores treinadores brasileiros. E a sonhada taça, enfim, veio e de forma brilhante na decisão do Campeonato Carioca.
O Fluminense perdeu por 2 x 0 o primeiro jogo da final do estadual com o Flamengo por 2 x 0 – curiosamente sem Diniz no banco -, mas não tomou conhecimento da vantagem do rival rubro negro, que muitos consideram ter o melhor elenco do continente sul-americano, e atropelou o adversário no último domingo, goleando por 4 x 1 e levando o bicampeonato para as Laranjeiras.
A supremacia do Fluminense e do dinizismo foi absoluta. O Flamengo praticamente não jogou e o tricolor estraçalhou! Com atletas do calibre de Ganso, dos artilheiros Cano e Keno e, principalmente com o retorno do consagrado Marcelo ao clube que o projetou para o futebol mundial, o time das Laranjeiras deu um show no Estádio do Maracanã.
No meio da última semana uma prévia do espetáculo já tinha sido dada na estreia do tricolor na Liberadores, batendo com autoridade o Sporting Cristal do Peru por 3 x 1 em Lima. Trata-se de um futebol bonito e que dá gosto de se ver. Agora Diniz e seus comandados estão sendo elogiados pela imprensa esportiva internacional e muitos se perguntam até o onde o Flu poderá ir.
Além do próprio Flamengo, que tem condições de se recuperar após a inevitável demissão do desastrado técnico Vítor Pereira, o Brasil ainda tem como eternos postulantes o fortíssimo Palmeiras de outro mago do banco – o português Abel Ferreira – e o Atlético Mineiro, outro clube com elenco muito forte. Por isto, ainda é cedo para afirmar que o Fluminense passa a ser o maior favorito na Libertadores ou no Brasileirão. O que se pode dizer, com certeza, é que o tricolor e o Dinizismo ainda podem sim chegar muito longe na temporada de 2023, que está somente começando.