Pressionados pelo presidente da República e com Tite ameaçado de demissão, jogadores recuam e deverão disputar a Copa América

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Abel Braga
Casemiro (imagem: Reprodução TV)

A pressão do presidente da República Jair Bolsonaro pera que a Copa América seja realizada no Brasil de qualquer maneira, mesmo com uma escalação alternativa, caso os titulares se neguem a jogar, surtiu efeito e atletas que antes pensavam em boicotar o evento já tendem a entrar em campo.

O negacionismo congênito do governo brasileiro, mesmo criticado em todo o planeta, prossegue e invade o futebol. O presidente da República já confirmou a realização da Copa América no País e começou a pressionar para que a CBF inclusive demita o técnico brasileiro Tite. Renato Gaúcho até já estaria sendo cogitado para substituir o colega como treinador.

Muitos dos apoiadores de Bolsonaro, com sua virulência já habitual, invadiram as redes sociais exigindo a demissão de Tite e acusando-o de se negar a disputar a Copa América apenas para prejudicar o presidente da República. 

Diante das ameaças a Tite os líderes do grupo de jogadores da Seleção Brasileira já começam a reconsiderar a decisão de boicotarem a Copa América e apenas lançar um manifesto, provavelmente de repúdio às ações do atual governo brasileiro.

O assunto divide as opiniões, mas a maior parte dos jogadores, tanto no Brasil como exterior, critica a realização da Copa América no País, classificada como mais um desrespeito à saúde pública da população de um dos países mais atingidos do mundo pela pandemia de Covid-19 – o segundo do planeta na média-móvel de mortes, atrás apenas da Índia.

Com a pressão negacionista do governo a tendência então é que os jogadores brasileiros disputem o evento.