Santos e Grêmio se enfrentam em jogo decisivo pelas quartas de final da Libertadores

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Santos vs Grêmio

Santos e Grêmio decidem nesta quarta-feira as quartas de final da Libertadores. O jogo será na Vila Belmiro, às 19h15. No jogo de ida, realizado na Arena do Grêmio, o Santos estava vencendo pelo placar de 1 a 0, mas levou um gol na etapa final.

E, pelo gol fora de casa, o Peixe tem a vantagem do 0 a 0. Caso ocorra novo empate por 1 a 1, a decisão será nos pênaltis. O Grêmio se classifica às semifinais com vitória simples a partir de 2 a 1.

O time santista tenta chegar às semifinais da Libertadores pela nona vez em sua história. Para isso, terá que vencer ou empatar por dois ou mais gols de diferença, seguindo o empate por 1 a 1 em Porto Alegre. É a quarta vez que o clube enfrenta a mesma situação nas quartas de final do torneio.

Em 2003, 2007 e 2017, o Santos empatou o jogo de ida das quartas fora de casa. E decidiu a vaga na Vila Belmiro, buscando uma vitória. Das três vezes, o Peixe conseguiu a classificação em duas, e foi eliminado em outra.

Em 2003, ano em que o Santos foi vice-campeão do torneio, os santistas empataram por 2 a 2 com o Cruz Azul no México, e venceram por 1 a 0 no jogo da volta, na Vila Belmiro.

O Grêmio, após o empate com o Goiás pelo Campeonato Brasileiro, a torcida gremista ficou preocupada. Embora a equipe gremista tenha chances de conquistar o Brasileirão, a Libertadores virou prioridade.

Mas para o técnico Renato Gaúcho, o empate me 1 a 1 com o Goiás fora de casa não foi um resultado ruim. Frisou a dificuldade de jogar contra equipes da zona do rebaixamento e as mudanças na escalação da equipe como atenuantes.

– Eu gostei, A equipe criou, teve bastante posse de bola, mas infelizmente não conseguimos o nosso objetivo, que era a vitória. Mas um ponto está bom, até porque não tem jogo fácil, principalmente esses jogos que você pega as equipes lá embaixo e elas estão com a corda no pescoço. E até porque colocamos uma equipe totalmente diferente para jogar- finalizou.  

O técnico Renato Portaluppi continua com o seu prestígio em alta, com moral para fazer qualquer modificação na estrutura de futebol do clube. 

Transmissão – TV Fox Sports – disponível para assinantes

Renato Gaúcho: um técnico em constante ascensão

Renato Gaúcho
Renato Gaúcho – foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Você foi melhor do que Cristiano Ronaldo? – perguntou o repórter para Renato Gaúcho. Sim! Joguei bem mais, respondeu sem pestanejar, com a ênfase das certezas eternas, como diria o saudoso cronista Nelson Rodrigues.

Opiniões à parte, na sua época de jogador, em que pese o seu perfil marrento, às vezes indisciplinado e fanfarrão, sem dúvida foi um dos principais jogadores da sua geração. Tornou-se um ídolo gremista ao conquistar o título mundial de clubes em dezembro de 1983 contra o Hamburgo da Alemanha,, em Tóquio, no Japão.

Em setembro último Renato Gaúcho – ou Renato Portaluppi – completou quatro anos como treinador do Grêmio, um caso raro no futebol brasileiro, que tem como norma uma alta rotatividade entre os treinadores. Conquistou diversos títulos, como por exemplo, o da Copa Libertadores em 2017, competição que também ganhou como jogador pelo Grêmio, fato que o coloca como o primeiro brasileiro a conseguir tal façanha.

Sua primeira experiência como técnico ocorreu em 1996. À época jogava no Fluminense e o clube, na luta contra o rebaixamento, por duas vezes o utilizou como jogador e técnico.

Mas sua estreia oficial na função ocorreu no Madureira em 2000, onde ficou por dois anos. Depois foi para o Fluminense. Saiu em 2003 para dirigir o Vasco, único grande clube carioca onde não atuou como jogador. Retornou em 2007 para o Fluminense, ano que consquistou seu primeiro título como treinador – venceu a Copa do Brasil.

Em 2008 voltou a dirigir o Vasco, substituindo o técnico Tita, e tendo como missão, salvar o clube do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Não conseguiu – o clube foi rebaixado.

Diante do revés mostrou fibra para continuar acreditando no seu trabalho como treinador e hoje já está sendo cotado como o próximo treinador da Seleção Brasileira.

Entre suas virtudes como treinador, algumas se destacam: não é retranqueiro, tem personalidade e sensibilidade no trato com os jogadores e, nas entrevistas, não usa uma linguagem tecnocrata, como é do feitio de alguns treinadores que querem mostrar conhecimento. 

Renato Portaluppi é simples, direto e objetivo. Qualquer torcedor entende o que ele fala durante as entrevistas.

Caso conquiste a Libertadores, seu caminho para dirigir futuramente a seleção estará praticamente garantido.