Novo técnico do Botafogo, Enderson Moreira vem de trabalhos ruins no Goiás e no Fortaleza

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Enderson Moreira

Mais uma vez uma decisão da diretoria do Botafogo – em especial de seu diretor de futebol, Maurício Freeland – é muito questionada por torcedores e parte da imprensa esportiva. Com a equipe em péssima fase na Série B, sem qualquer competitividade e necessitando de um comando experiente, o clube optou por trazer para técnico, em substituição a Marcelo Chamusca, o irregular Enderson Moreira. Isto após ter tido a chance de fechar com nomes de mais peso como Vanderlei Luxemburgo e Lisca. Até quando prosseguirá a irresponsável política do “bom, bonito e barato” dos dirigentes do ex-Glorioso de General Severiano?

Enderson Moreira, é verdade, conquistou a Série B em 2012 e 2017, respectivamente no comando de Goiás e América (MG), fazendo um ótimo trabalho e ganhando alguma projeção entre os técnicos de médio escalão do futebol brasileiro.

O novo treinador botafoguense, porém, naufragou melancolicamente em seus dois últimos trabalhos. Outra vez no Goiás, agora na Série A em 2020, o treinador dirigiu o Esmeraldino em dez jogos, obtendo três empates, sete derrotas e nenhuma vitória. Enderson saiu deixando o clube goiano na lanterna do Brasileirão.

Já no Fortaleza o técnico conseguiu 12 vitórias, quatro empates e sete derrotas. Ele conseguiu pelo menos evitar o rebaixamento do Leão cearense, que terminou a Série A no 16º lugar, portanto a conta do chá para fugir da degola.

Agora no Botafogo o treinador de 49 anos chega com a total confiança de Freeland e da diretoria, mas sob muita suspeita e mesmo oposição da exasperada torcida alvinegra. O time não tem qualquer identidade e parece viver uma crise psicológica, não conseguindo se impor nem mesmo nos jogos em seu próprio estádio.

Além disso, as contratações feitas pelo diretor de futebol foram, com exceção de Chay e de Oyama, no mínimo questionáveis e no máximo um desastre completo. Atletas como Barreto e Rafael Carioca não têm a mínima condição de vestir a gloriosa camisa alvinegra.

Enderson pode até surpreender e conduzir o Botafogo ao acesso à elite, mas nas atuais circunstância sua meta mais imediata é evitar a queda para a Série C, o que poderia apressar o fim de uma instituição centenária tão importante para o futebol brasileiro e que tem sido destruída por sucessivas diretorias no mínimo incompetentes.