A intenção da Prefeitura do Rio de Janeiro, juntamente com a Federação do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), de liberar a entrada de torcedores nos estádios cariocas já em 4 de outubro, no jogo entre Flamengo e Atlético Paranaense, pode gerar uma crise entre clubes da Série A.

Diretorias como a do Corinthians – cujo presidente, Andrés Sanchez ameaçou não entrar em campo caso a liberação ocorra apenas no Rio – temem que uma abertura unilateral, apenas em estádios cariocas, fira o princípio da isonomia entre os clubes.

Segundo Sanchez, apoiado inclusive por dirigentes cariocas de Botafogo, Fluminense e Vasco, apenas se a liberação ocorresse em todo o País a ação seria cabível, pois poderia criar um desequilíbrio em relação a clubes que ainda não teriam torcida nos estádios.

O Flamengo tem se manifestado favorável, desde que sob certas condições de segurança e limitação de público. A segurança de atletas e torcedores parece não pesar tanto na opção de quem é favorável, que tem pensado muito mais na questão financeira.

O próprio rubro negro está vivendo problemas com a Covid-19 no elenco e o departamento médico do clube informou que pelo menos seis atletas testaram positivos e estarão de fora do próximo e importante jogo pela Copa Libertadores, contra o Barcelona de Guayaquil fora de casa, nesta terça-feira

Apesar de a Prefeitura da capital fluminense querer o retorno ao público nos estádios em 4 de outubro, o Governo do Estado do Rio de Janeiro já vetou até pelo menos o dia 6 do mesmo mês, mais uma falta de sintonia entre autoridades políticas. A Conmebol adiantou que está monitorando a situação da pandemia na América do Sul e que poderá liberar a presença do público quando houver mais segurança.

Por enquanto permanece o dilema e com certeza a liberação do Rio não poderia ser unilateral, pois há estados brasileiros que ainda estão com a pandemia sem estabilização e as agremiações continuariam sem suas torcidas nos estádios. Com a palavra os políticos e cartolas!