Juiz relata caso de racismo em jogo pela primeira rodada da Série D

0
57
Contra o Racismo

Mais um caso de racismo no futebol foi infelizmente registrado, desta vez no último domingo e no Brasil, em partida válida pela primeira rodada da Série D do Brasileirão entre Parnahyba e Imperatriz no Estádio Pedro Alelaf (Mão Santa), em Parnaíba, no Piauí.

O árbitro do jogo, Alciney Santos de Araújo, do Rio Grande do Norte (RN) relatou na súmula que um de seus auxiliares, Raimundo David dos Reis Alves, do Piauí, teria sido chamado de “macaco” por um torcedor que estava na parte dedicada à torcida do Parnahyba, mandante do confronto. A injúria racial ocorreu aos 23 minutos do segundo tempo.

O autor da ação foi apontado e logo retirado preso pela Polícia Militar do estádio. O assistente registrou o fato em um boletim de ocorrência e a partida chegou a ser paralisada por conta do caso de racismo. A identidade do torcedor, porém, não tinha sido revelada até o momento da elaboração desta matéria.

A partida recomeçou e terminou empatada em 0 x 0. Não foi o primeiro caso de racismo registrado no estádio. No final de 2024 o zagueiro Emílio, do Parnayba, acusou um torcedor do próprio clube de chamá-lo de “urubu”  em um amistoso contra o Fluminense-PI. Uma injúria racial pode levar ao agressor a pegar uma pena de um a três anos de reclusão, além de multa. A pena pode aumentar se o fato ocorrer em local público, como nos dois casos.

A diretoria do Parnahyba prometeu todo o apoio às investigações e defendeu a punição de qualquer envolvido em caso de injúria racial. O clube, a princípio, não deverá ser punido pelo comportamento de seu torcedor