Corinthians: crise ou transição? Impacto das transferências na temporada de 2025

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Corinthians

O que está de fato por trás dos maus resultados do Corinthians na temporada? Depois de conquistar o Paulistão a equipe caiu muito de produção. Afinal, o que está acontecendo com o Timão? Problema de planejamento ou processo de renovação de um elenco envelhecido?

Um dos clubes mais populares e vitoriosos do País, o alvinegro de Parque São Jorge atravessa um ano marcado por instabilidade dentro e fora das quatro linhas. Em 2025, o Timão amarga resultados negativos no Brasileirão, oscila em torneios mata-mata e vê a torcida cada vez mais impaciente com o desempenho dos jogadores.

Mas afinal, a crise no Corinthians é técnica ou uma transição geracional que não está sendo bem conduzida pela diretoria?

Resultados preocupantes

Após 11 rodadas do Brasileirão-25, o Corinthians:

  • Está na parte de baixo da tabela e faz uma campanha muito irregular
  • Tem apenas duas vitórias e média de 0,73 gol por jogo
  • É um dos piores ataques da competição
  • Sofreu dez gols e falha muitas vezes em manter a posse de bola

Além disso, foi eliminado precocemente na Copa Sul-Americana.

Elenco envelhecido e sem dinamismo

A média de idade dos titulares do Corinthians é de cerca 30 anos — uma das mais altas da Série A. Nomes como Fábio Santos, Paulinho, Renato Augusto (antes da saída), e Cássio (já fora do clube) marcaram uma era gloriosa, mas tudo exige renovação.

As contratações da diretoria em 2024 e este ano, na maioria das vezes, não surtiram o efeito positivo que se esperava no clube

O time tem carência de:

  • Criatividade no meio-campo
  • Velocidade nas pontas
  • Mais ofensividade e consistência defensiva

Mudanças na comissão técnica

O clube já passou por duas trocas de comando técnico só este ano. A falta de continuidade no trabalho com certeza afeta o desenvolvimento tático e impede que jovens jogadores se firmem. A pressão por resultados, porém, dificulta a evolução.

Trechos recentes de entrevistas revelam o clima interno:

“Temos que ser realistas: o elenco precisa de oxigenação. Há talento, mas o grupo precisa reagir.”
— ex-treinador (abril/2025)

“O Corinthians tem que se reinventar. Mas isso leva tempo — e paciência não é nossa maior virtude.”
— comentarista Neto, em vídeo no YouTube

Comparativo com temporadas anteriores

Corinthians table

Corinthians em 2025: Reforços, saídas e desejo de voltar a ser um protagonista no futebol brasileiro

O Corinthians iniciou este ano com uma clara missão: reconstruir sua identidade e montar um elenco competitivo. Pressionada pelos torcedores e pela imprensa, a diretoria fez contratações para reforçar setores carentes e esforço para manter peças importantes. Abaixo, um panorama completo das movimentações no mercado de transferências.

Contratações confirmadas

Fabrizio Angileri (lateral-esquerdo)
Ex-Getafe, chegou em fevereiro com status de titular. Aos 30 anos, tem experiência internacional e intensidade ofensiva. Chegou livre no mercado, e sua cláusula de rescisão foi fixada em impressionantes 100 milhões de euros.

Cacá (zagueiro)
Após bom desempenho no Tokushima Vortis, o Corinthians optou por comprá-lo em definitivo, investindo cerca de R$ 24 milhões. Jovem e veloz, chega para disputar vaga no miolo de zaga.

Hugo Souza (goleiro)
Contratado em definitivo após empréstimo do Flamengo. O Corinthians desembolsou cerca de R$ 4,8 milhões. Com 25 anos, Hugo traz segurança e foi convocado para a Seleção Brasileira por Carlo Ancelotti

Reforços por empréstimo

Maycon (volante)
Renovou seu vínculo por empréstimo junto ao Shakhtar Donetsk até dezembro deste ano. Considerado peça-chave no meio de campo, sua permanência foi prioridade para a comissão técnica.

Talles Magno (atacante)
Jovem e promissor, o atacante volta ao futebol brasileiro após um período no New York City FC. Pode ser utilizado como ponta ou segundo atacante.

Corinthians transfers 2025

Perspectivas

O Corinthians está em um momento de inflexão. Por um lado, os resultados negativos e a média de idade elevada apontam para uma crise técnica. Por outro, as movimentações no mercado – com contratações estratégicas e a aposta em jovens da base – sinalizam uma transição de geração que, mesmo que demore, tornou-se necessária para o renascimento do clube no cenário nacional.