
Após a difícil e desgastante vitória de 1 x 0 sobre o Botafogo nas oitavas de final, com um gol de Paulinho já na prorrogação, o Palmeiras está com o foco total na próxima partida contra o Chelsea. O jogo pelas quartas do Mundial de Clubes será na sexta-feira às 22 horas (de Brasília) no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia (EUA).
O desempenho alviverde contra o Botafogo foi emblemático: embora tenha tido um jogador expulso (Gustavo Gómez), o Verdão manteve a organização tática e a resiliência até o fim, dominando o duelo no tempo normal e garantindo a vitória com o gol de Paulinho marcado aos 100 minutos
HORA DA REVANCHE?
A missão agora é superar o Chelsea – adversário de peso, que atropelou o Benfica por 4 x 1 nas oitavas em duelo sem precedentes – mas que já mostrou vulnerabilidade ao ser derrotado por 3 x 1 de virada pelo Flamengo na fase de grupos .
O confronto será uma reedição da final do Mundial da FIFA 2021, quando o Chelsea venceu por 2 x 1 e conquistou o título frente ao mesmo adversário.
Portanto, a motivação palmeirense é dupla: vingar-se do insucesso contra os Blues há quatro anos e avançar na busca pelo troféu. Para isso, Abel Ferreira deve traçar um plano minucioso.
POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS DE ABEL FERREIRA
- Impôr identidade no jogo coletivo e na transição
Abel preza pela coragem com a bola, exige “dribles, toques rápidos e pressão coletiva” - A ideia é recuperar a bola no campo adversário e surpreender com transições rápidas – estilo típico do Palmeiras atual, onde Raphael Veiga (o “melhor 10” treinado por Abel) é peça-chave para infiltrações e finalizações.
- Resiliência defensiva e compactação
Contra o Botafogo, mesmo com um a menos, o time se fechou e suportou a pressão – Abel elogiou: “colocámos três jogadores no meio … porque o adversário vai cruzar”. Essa solidez será crucial contra o Chelsea, que se apoia em variações táticas (3-4-3, 4-3-3 e 4-2-2-2) sob comando de seu técnico. - Controle emocional e preparação mental
O desgaste físico após o jogo com o Botafogo e a magnitude do duelo contra os ingleses exigem contenção mental. Abel já reforçou conversas específicas com o grupo, definindo planos para cada cenário de jogo. Ele também pede aos jogadores “cabeça em paz” para executar o plano coletivo. - A força da torcida e cultura de clube
Mesmo com o time longe de casa, a energia palmeirense será vital. Abel diz que a torcida é “um pilar inestimável” e pode fazer a diferença no momento do confronto. O clube aposta em transformar essa presença em combustível extra.
RISCOS E PONTOS DE ATENÇÃO
- Negligenciar câmbio de sistemas do Chelsea: a flexibilidade tática do adversário pede atenção constante aos espaços.
- Fadiga pós-prorrogação: Abel deve ajustar a intensidade desde o início, priorizando a recuperação física e substituições estratégicas.
- Evitar reações impulsivas a inteligência defensiva: é fundamental que o time mantenha organização mesmo sob pressão, bloqueando linhas de passe e cruzamentos ingleses.
CITAÇÕES DOS PROTAGONISTAS DO JOGO
Abel Ferreira declarou:
“Quando juntamos talento e trabalho, seguramente a vitória estará muito mais próxima. … Se quero ser o melhor, tenho de ganhar dos melhores”
O volante Raphael Veiga, com faro de gols e ótimo batedor de pênaltis, mostrou confiança: “Vejo o time preparado para impor nosso jogo”, disse, crendo que o coletivo será a chave para romper a defesa inglesa.
O comentarista esportivo Tiago Leifert opina:
“O Palmeiras precisa impor ritmo intenso e explorar as costas dos laterais do Chelsea, menos habituados a defender em bloco alto”.
VISÃO GERAL
Com disciplina tática, espírito de superação, apoio da torcida e liderança pragmaticamente inspiradora de Abel Ferreira, o Palmeiras tem um roteiro claro para superar o Chelsea: equilíbrio entre ofensividade e compactação, alternância entre pressão alta e paciência para furar o bloqueio europeu.
A história recente – vitória sobre o Botafogo em jogo muito difícil – reforça o caráter de quem não se intimida diante de adversários poderosos.