O poderoso Bayern em crise? Lesões e renovações movimentam o gigante bávaro

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Bayern de Munique
Imagem: Divulgação

O Bayern de Munique vive um momento de transição. Após conquistar a Bundesliga 2024–25 sob comando de Vincent Kompany e não ir muito longe no Mundial de Clubes da Fifa, a diretoria liderada por Max Eberl se vê diante de desafios.

Os grandes valores envolvidos nas renovações de contrato, negociações complicadas como as de Leroy Sané, que causaram a saída do atleta para o Galatasaray, e um histórico recente de lesões têm pesado no planejamento da próxima temporada.

RENOVAÇÃO

Desde o início de 2025, o Bayern garantiu renovações de peso: Jamal Musiala estendeu vínculo até 2030, com cláusulas de rescisão de 175 milhões de euros e salário aquém dos mais altos do clube.

Joshua Kimmich também prorrogou até 2029, e Manuel Neuer seguirá até 2026. O lateral Alphonso Davies deve também seguir no clube bávaro, apesar do interesse do Real Madrid.

Essas renovações refletem uma estratégia clara: preservar a base campeã. Mas Eberl enfrenta um dilema financeiro – equilibrar salários pesados e gerar caixa por futuros reforços.

A SAÍDA DE SANÉ

Leroy Sané recusou propostas do Bayern e preferiu deixar o clube. Com isso, o Bayern perdeu em julho um jogador avaliado em 38 a 45 milhões de euros, que saiu sem custos para o futebol turco.

Aos 29 anos, Sané vive fase produtiva: 11 gols e 5 assistências em 38 jogos. No entanto, seu contrato, salário e a necessidade de reciclar elenco tornaram sua renovação impossível.

LESÕES COMPROMETEM PLANEJAMENTO

O Bayern vem enfrentando repetidos problemas físicos ao longo da temporada. A séria contusão de Musiala durante a disputa do Mundial de Clubes dos Estados Unidos chocou o mundo e deixou a equipe alemã sem um de seus principais destaques na última temporada.

A oscilação de peças como Kimmich e Davies diante de longas temporadas levantam um alerta. A repetição do problema pode minar os planos táticos de Kompany e limitar o rodízio de elenco.

REFORMULAÇÃO EM CURSO

Desde fevereiro, a imprensa aponta um projeto de reformulação completa: apenas quatro jogadores – Neuer, Thomas Müller, Musiala e Kane – seriam considerados inegociáveis.

Isso implica vendas de atletas como Kimmich, Gnabry e possivelmente Davies, num esforço para ter um elenco mais leve e sustentável.

O Bayern obviamente precisará de reposições. Contratações de goleiro (nome de Bono do Marrocos tem sido ventilado), laterais e reforços ofensivos são prioridades.

PONTOS POSITIVOS DA REFORMULAÇÃO
  1. Segurança com jovens estrelas: renovações como a de Musiala garantem futuro sólido.
  2. Base sólida mantida: Neuer, Kimmich, Davies e Kane compõem o núcleo principal.
  3. Visão estratégica de longo prazo: Eberl pluraliza o elenco para se adequar ao novo ciclo competitivo.
DESAFIOS E RISCOS
  1. Sané deixou o clube – perda de capital e lacuna ofensiva.
  2. Lesões e desgaste: time com jogos em diferentes frentes tende à quebra física.
  3. Renovar profundamente é perigoso: perder identidade e ritmo com saída de veteranos.
  4. Pressão sobre Kompany: tático de formação recente, vê o elenco ser sacudido.
OPINIÕES
  • Rafael Reis (comentarista da ESPN Brasil) comenta:
    “Preservar a base é sábio, mas a perda de Sané sem ganho financeiro faz a a gestão do Bayern perde poder de investimento.”
  • Ana Luisa Ramos (jornalista) pondera:
    “Lesões recorrentes e um comando pouco experiente como Kompany exigem equilíbrio emocional do grupo.”
  • Max Eberl, diretor esportivo do Bayern:
    “Precisamos sustentar os pilares do balneário e preparar novas peças para o futuro.”
PERSPECTIVAS

Para 2025–26, o Bayern busca sobrevivência competitiva e transição. Reerguer hegemonia alemã requer elenco equilibrado e resiliência a lesões. Manter Musiala e Neuer garante lealdade; recuperar Sané representa jogo duplo: financeiro e técnico. A reforma planejada pode definir se o clube permanece como potência ou entra em entressafra.

A aposta de Eberl é ousada: renovar talentos, enxugar salários e revisar perfil –  tudo enquanto mantêm capacidade de brigar na Champions. O sucesso depende de três fatores: evitar saídas grátis, minimizar lesões e acertar nos novos reforços.

CONCLUSÃO

o Bayern de Munique entra num novo ciclo: milionários contratos renovados, tensões financeiras, saídas importantes e lesões constantes. O planejamento de Kompany e Max Eberl será testado nos próximos meses e o clube sabe que o menor deslize administrativo ou físico pode comprometer o futuro imediato.