
Neste sábado (08), das 10 às 17 horas, acontece a eleição para escolher o novo presidente do Grêmio, um dos maiores e mais tradicionais clubes do Brasil.
Ao todo, 39.036 sócios aptos poderão escolher entre dois candidatos Paulo Caleffi, da Chapa 1, e Odorico Roman da 2, para o triênio 2026-2028.
Para votar, o sócio deve ter mais de 16 anos e estar com a situação regularizada nos últimos 12 meses. Além disso, precisa ser sócio há pelo menos dois anos ininterruptos.
PERFIL DOS CANDIDATOS: EXPERIÊNCIA E PROPÓSITOS
Paulo Caleffi, candidato da Chapa 1, é advogado criminalista e administrador, que já ocupou o cargo de vice-presidente de futebol no início da gestão atual, saindo em 2023.
Durante sua passagem, participou de negociações importantes para contratações, entre elas do atacante Luis Suárez. Caleffi tem formação sólida em direito, economia e marketing, com pós-graduação nacional e internacional, além de vasta experiência em gestão empresarial no setor de transportes do Rio Grande do Sul.
Odorico Roman, da Chapa 2, é economista com passagem por tecnologia da informação e atuou como vice-presidente e diretor de futebol do Grêmio entre 2016 e 2018, período em que o clube conquistou títulos importantes como a Copa do Brasil (2016) e a Copa Libertadores (2017).
Aos 60 anos, Roman busca reverter a situação financeira e esportiva do clube, com um discurso voltado à modernização da gestão, usando sua experiência anterior e destacando a necessidade de estabilidade e planejamento estratégico.
DESAFIOS IMEDIATOS
O novo mandatário terá como um dos principais desafios o equilíbrio financeiro do clube, que enfrenta fluxo de caixa apertado, atrasos no pagamento de fornecedores e até da folha de jogadores, pela piora nas receitas de patrocínio e bloqueios judiciais de verbas televisivas.
O clube do Rio Grande do Sul, um dos mais tradicionais e vitoriosos do País, tem apostado na base para vender atletas e reforçar o caixa, mas a pressão por desempenho no cenário nacional e internacional é grande.
Além das finanças, o presidente eleito terá que gerir a composição do elenco para o próximo ciclo, qualificar a administração da Arena do Grêmio, manter e ampliar as receitas de marketing e patrocínio, especialmente num mercado competitivo, além de cuidar da retomada e expansão do futebol feminino.
DECLARAÇÕES DOS CANDIDATOS
Paulo Caleffi destacou a complexidade das negociações para reforçar o elenco:
“Já estamos em tratativas financeiras que envolvem patrocínios para bancar o jogador. Isso demanda tempo, seja pelo idioma ou pelo fuso horário dos agentes, mas estamos fazendo todo o possível para acelerar isso.”
Odorico Roman ressaltou a importância da transparência e planejamento:
“Nosso foco é uma gestão moderna que assegure sustentabilidade e que devolva a confiança ao torcedor, sem abrir mão da busca por títulos e da base forte, que é a cara do Grêmio.”
Fábio Floriani, vice-presidente de finanças da atual gestão, resumiu em entrevista a realidade do clube, destacando que “enquanto o Grêmio conseguir formar e vender atletas, principalmente da base, tem uma válvula de escape. O desafio é querer um time competitivo num cenário em que os custos subiram muito.”
IMPORTÂNCIA DO PLEITO
Para ter direito a voto o sócio do Grêmio deve obedecer a alguns requisitos como ser maior de 16 anos, estar adimplente e associado há pelo menos dois anos ininterruptos, com situação regularizada no último ano.
A eleição é considerada crucial para o futuro do clube gaúcho, que sonha reerguer-se e retomar o protagonismo no futebol nacional e internacional.
SERVIÇO
O pleito terá votação em horário único neste sábado, das 10h às 17h, nos pontos de votação indicados pelo clube.
O mandato do vencedor será de três anos, período em que o presidente eleito terá a missão de dar o rumo da gestão esportiva, administrativa e financeira do Imortal Tricolor.



























