Botafogo: o martírio que parece não ter fim

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Botafogo
Imagem: Divulgação

O ano avança, a Série B se aproxima e nada parece mudar para o Botafogo; duas eliminações precoces – na Copa do Brasil e Campeonato Carioca – e um treinador que parece ainda não ter se achado no comando de um elenco menos que limitado. O drama da fiel, mas sofrida torcida alvinegra parece não ter fim e os vexames se sucedem. Até quando?

Por mais que muitos possam apontar como culpados os jogadores, o técnico Marcelo Chamusca ou a atual diretoria, a verdade é que o problema começou já há muitos anos. O botafogo se apequenou e há muito tempo não tem visão de clube grande, parou de sonhar e vive de lembranças de um passado dourado na história do futebol mundial.

São sucessivos dirigentes – segundo os torcedores – muito mais interessados em ganhar dinheiro e usar o clube como trampolim para projetos pessoais e muita subserviência a empresários inescrupulosos. Péssimos jogadores entram e saem e pouco depois se avolumam processos trabalhistas contra uma instituição que já acumula uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão. Mais uma vez o botafoguense se pergunta: isto um dia terá fim?

Não são poucos os torcedores que pedem até mesmo a exclusão do convívio no clube de personalidades como o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro e do grupo a ele ligado, acusando-os de desserviço à instituição. 

Outros botafoguenses tentam lembrar quando a equipe teve um técnico de ponta, alguém com espírito de vencedor e não apenas “estagiários” e outras invenções. Talvez lembrem apenas de um dos mais absurdos casos dos últimos tempos envolvendo o já manchado nome do Botafogo: a contratação e demissão do ótimo Ramón Diaz sem nem ao menos ter dado ao treinador chance de apresentar seu trabalho. É muita incompetência!

E as S.A? Foi apenas para enganar? E o novo CT? Algo para se esquecer? Perguntas e mais perguntas que enchem a torcida não apenas de tristeza, mas de revolta por todos os que jogaram o nome do Botafogo na lama. A Série B se aproxima e não seria pessimismo afirmar que o alvinegro carioca está mais para uma queda, agora para a Série C, do que do retorno à elite. Mais uma vez: até quando Botafogo?