
Desde a chegada de Luis Zubeldía às Laranjeiras, o Fluminense mudou de rota no Brasileirão-25. O técnico argentino, conhecido por sua intensidade, boa leitura tática agressiva e sua capacidade de reorganizar vestiários em pouco tempo, rapidamente devolveu competitividade a um elenco que parecia irregular nas primeiras rodadas.
Em dez jogos sob seu comando, o Tricolor somou seis vitórias, dois empates e apenas duas derrotas, acumulando 20 pontos em um recorte recente que coloca o clube entre os melhores desempenhos da Série A.
Mais do que os números, o que chama a atenção é o contexto: o Fluminense venceu Mirassol (1 x 0), Flamengo (2 x 1) e Botafogo (2 x 0), todos times que acima na tabela, e ainda arrancou um empate valioso com o Cruzeiro fora de casa, em um 0 x 0 sólido e estratégico.
A evolução é visível para torcedores, analistas e adversários — e aumenta naturalmente a confiança na briga pelo bicampeonato da Copa do Brasil, competição em que o Tricolor já está na semifinal.
IMPACTO IMEDIATO
O argentino não perdeu tempo. Logo em seus primeiros treinos, corrigiu espaçamentos, ajustou a marcação por setor e impôs intensidade física mais alta. Jogadores que estavam desvalorizados recuperaram protagonismo, e o elenco abraçou o discurso de competitividade.
Zubeldía tem sido claro ao explicar sua filosofia. Em conversa recente com a imprensa, afirmou:
“O Fluminense precisava reencontrar seu poder de competir. Técnica nós sempre tivemos, mas era fundamental recuperar organização e coragem para propor o jogo em qualquer estádio.”
Essa mudança de mentalidade tem sido um dos principais motores da arrancada tricolor. O time passou a pressionar mais alto, atacar com mobilidade e defender com linhas compactas, um contraste nítido com o início da temporada.
NOVO AMBIENTE
Os triunfos sobre Flamengo e Botafogo foram mais do que simples jogos de três pontos. Representaram uma reafirmação de identidade e mostraram que o Fluminense pode encarar – e superar – rivais diretos mesmo em fases favoráveis dos adversários.
Contra o Flamengo, o Tricolor se impôs taticamente, explorando as transições ofensivas e anulando os pontos fortes do adversário. Já diante do Botafogo, fez talvez sua atuação mais madura sob Zubeldía, controlando os tempos da partida e mostrando solidez defensiva.
O atacante Kevin Serna, uma das peças que mais evoluíram com o novo treinador, resumiu o sentimento do elenco:
“O professor nos deu confiança e funções muito claras. Quando sabemos exatamente o que fazer, o time cresce. Hoje entramos em campo acreditando que podemos ganhar de qualquer um.”
Esse sentimento tem sido compartilhado por diferentes setores do grupo, que agora veem um Fluminense mais competitivo e consciente de suas capacidades.
PRÓXIMO ADVERSÁRIO
Na próxima rodada, o Fluminense enfrentará o Palmeiras, no Allianz Parque, às 21h30 de sábado. O duelo é considerado um teste de maturidade e também uma oportunidade para medir o real tamanho da evolução tricolor.
Sob Zubeldía, o Fluminense tem, inclusive, desempenho superior ao de Palmeiras e Flamengo – líderes do campeonato – no recorte recente. Isso aumenta a expectativa não apenas dos torcedores, mas também dos próprios jogadores.
O meia Lucho Acosta, referência técnica do time e peça-chave na organização ofensiva, falou sobre o desafio:
“Jogo grande é sempre um termômetro. Mas temos mostrado força, e sabemos que estamos preparados para lutar contra qualquer adversário. O trabalho do Zubeldía está nos dando essa confiança.”
A COPA DO BRASIL COMO OBJETIVO REAL
Se no Brasileirão o discurso é de evolução contínua, para a Copa do Brasil o clima é de confiança. O Fluminense está na semifinal e enfrentará o Vasco, que vive fase instável com quatro derrotas consecutivas na Série A.
A distância entre os momentos das equipes faz com que a torcida tricolor veja a classificação para a final como um cenário extremamente possível para a equipe.
Caso avance, o Fluminense enfrentará Cruzeiro ou Corinthians. A competição mata-mata sempre guarda surpresas, mas o momento tricolor sugere que o bicampeonato deixou de ser sonho e tornou-se um objetivo plausível.
Na opinião de um comentarista esportivo, “o Fluminense encontrou um treinador que combina metodologia, intensidade e leitura de jogo. O time ficou mais competitivo, mais duro de ser batido e mentalmente mais forte. Isso é exatamente o que se precisa para vencer a Copa do Brasil.”
TORCEDORES CONFIANTES
O torcedor tricolor, sempre exigente e apaixonado, voltou a acreditar em 2025. Os resultados, a postura dentro de campo e a evolução coletiva alimentam a expectativa de que esta temporada pode ser especial — especialmente se vier o bicampeonato da Copa do Brasil.
Zubeldía transformou a equipe, recuperou jogadores, deu padrão ao time e devolveu competitividade ao clube. E embora ainda haja um longo caminho até o fim da temporada, o Fluminense mostra, semana a semana, que possui consistência para brigar em alto nível.
Se mantiver esse ritmo, o Tricolor não só pode sonhar com títulos, como também pode consolidar uma identidade forte para os próximos anos.



























