Derrota vergonhosa em casa e protestos: o Vasco de Diniz em xeque

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Vasco
Imagem: Divulgação

O clima em São Januário é de frustração e impaciência. O Vasco da Gama sofreu no último sábado uma dolorosa derrota de virada de 3 x 1 para o Juventude, em casa, e chegou à terceira consecutiva no Campeonato Brasileiro e para uma equipe que está na zona de rebaixamento

A sequência negativa acendeu o alerta entre torcedores e colocou o técnico Fernando Diniz sob intensa pressão. Os gritos de “time sem alma”, “time sem vergonha” e “fora Diniz” ecoaram das arquibancadas logo após o apito final.

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O desempenho abaixo das expectativas, principalmente atuando diante da torcida, gerou revolta. “Foi uma vergonha perder assim dentro de São Januário. O time parece sem vontade, e o treinador não consegue mudar o jogo”, desabafou Carlos Menezes, torcedor que acompanha o clube há mais de 20 anos.

DINIZ PEDE PACIÊNCIA E MANTÉM A CONFIANÇA 

Apesar do momento turbulento, o técnico Fernando Diniz tentou adotar um tom de serenidade em entrevista coletiva. “Entendo a insatisfação da torcida, mas ainda acredito muito nesse grupo. Estamos em um momento difícil, mas temos condições de reagir”, afirmou o treinador.

Diniz, conhecido por seu estilo de jogo ofensivo e posse de bola, tem sido criticado pela falta de equilíbrio defensivo da equipe. Nos últimos três jogos, o Vasco sofreu oito gols e marcou apenas um. 

Precisamos ser mais consistentes e entender que não dá para se expor tanto. É um processo, mas não podemos perder a confiança”, completou o técnico, que assumiu o comando do Gigante da Colina em maio deste ano.

JOGADORES TENTAM SE EXPLICAR

O atacante Rayan, uma das jovens promessas do elenco, reconheceu a má fase, mas pediu apoio ao torcedor. “A gente entende a cobrança. O torcedor quer ver o Vasco ganhando. Só que também precisamos de união para sair dessa situação”, disse o jogador, visivelmente abatido.

Outro que falou após o jogo foi o lateral-direito Paulo Henrique, que admitiu erros coletivos. “Faltou atenção. Levamos gols que não podíamos levar. A gente conversa, treina, mas na hora do jogo acaba errando. É hora de ter humildade e trabalhar em dobro”, destacou.

PRESSÃO CRESCENTE E FUTURO INCERTO

Com os resultados recentes, o Vasco caiu para a parte inferior da tabela e embora o risco de rebaixamento seja muito pequeno, o sonho de uma vaga na próxima Libertadores praticamente acabou. O próximo compromisso será fora de casa, contra o Grêmio, e o jogo ganhou contornos decisivos.

Os dirigentes do clube, embora evitem declarações públicas, discutem internamente o desempenho da equipe. Um conselheiro, que preferiu não se identificar, afirmou que “Diniz tem crédito, mas precisa reagir rápido. O torcedor já perdeu a paciência”.

PROTESTOS

Enquanto isso, a torcida promete protestos durante a semana. Em São Januário, o clima é de tensão e o técnico sabe que sua permanência dependerá, em grande parte, do resultado no próximo confronto.

A falta de títulos do clube – o último foi o estadual de 2016 – aumenta a impaciência dos torcedores, que sofrem com as gozações dos principais rivais no Estado do Rio.

Ainda restam cinco jogos para o Cruzmaltino, que está na segunda metade da tabela de classificação, com 42 pontos.