
A arbitragem do futebol brasileiro segue um tema que desperta muita polêmica e debate entre torcedores, jogadores, técnicos e especialistas. Em novembro de 2025, nomes como Ramon Abatti Abel e Anderson Daronco, por exemplo, continuam no centro das discussões, expondo os desafios enfrentados pela categoria.
RAMON ABATTI ABEL: POLÊMICA AGORA NA SÉRIE B
Ramon Abatti Abel, da Federação Catarinense, é um exemplo clássico de árbitro que tem seguidamente protagonizado controvérsias em campo. Após ser afastado pela CBF por sua atuação no clássico São Paulo x Palmeiras, na 27ª rodada do Brasileirão-25, voltou a atuar em uma partida decisiva da Série B, Athletic 2 x 1 Ferroviária.
Neste jogo, ele expulsou dois jogadores, distribuiu 11 cartões amarelos e anulou um gol da Ferroviária no segundo tempo, decisão muito contestada pelos visitantes. Ao final da partida, teve que deixar o gramado escoltado pela Polícia Militar devido à revolta dos jogadores da Ferroviária.
O técnico da Ferroviária, Claudinei Oliveira, criticou duramente: “O árbitro não pode ser protagonista da partida. Decisões assim mexem com o psicológico dos jogadores e influenciam no resultado.” A escalada de polêmicas reforça a crise da arbitragem em divisões inferiores do futebol nacional.
DARONCO: ENTRE ELOGIOS E CRÍTICAS
Por outro lado, Anderson Daronco, considerado por muitos o melhor árbitro do Brasil, também acumula críticas. Apesar da reputação de árbitro técnico e experiente, recentes atuações foram questionadas por torcedores e especialistas.
Em agosto de 2024, ex-árbitros comentaram que Daronco ainda tem condições, mas precisa melhorar aspectos como dinamismo e prevenção. Uma crítica recorrente é a falta de clareza e a postura da Comissão de Arbitragem da CBF, que pune de forma seletiva e expõe os árbitros, prejudicando a confiança e a segurança para decisões firmes.
“O VAR se tornou o maior vilão do futebol, pois diminui a autoridade do árbitro e cria insegurança”, declarou o ex-árbitro Arnaldo César Coelho, também comentarista de arbitragem, sobre o cenário atual.
POR QUE TANTOS PROBLEMAS?
As falhas de arbitragem no Brasil são atribuídas a vários fatores, entre eles a falta de treinamento constante e padronização, a pressão externa e as limitações do sistema do VAR (árbitro de vídeo).
A CBF tem reconhecido os problemas e tomado algumas medidas para melhorias. Em outubro de 2025, lançou um Grupo de Trabalho (GT) focado em modernizar e profissionalizar a arbitragem brasileira, buscando padronizar condutas e alinhar as práticas aos padrões internacionais da FIFA e IFAB, com propostas que incluem o uso de tecnologias semiautomáticas.
“No nosso País, falta uma diretriz clara que unifique as decisões e monitore o treinamento contínuo dos árbitros”, afirmou Samir Xaud, presidente da CBF, sobre o trabalho de reestruturação.
CASO HISTÓRICO DO PASSADO
A história está marcada por árbitros que causaram controvérsias e até mesmo revoltas históricas. Um dos mais lembrados é José Roberto Wright, que em 1981 expulsou vários jogadores do Atlético-MG no confronto contra o Flamengo pela Copa Libertadores, decisão que ficou eternizada, segundo alguns críticos, como exemplo de rigor extremo.
Wright chegou a entrar na Justiça contra críticas do Atlético (MG), mas teve seus pedidos negados, já que a posição da diretoria do Galo foi considerada um direito de expressão.
Outro nome emblemático é Arnaldo Cezar Coelho, que recentemente criticou o excesso de interferência do VAR no futebol, destacando que a tecnologia, apesar de ser apresentada inicialmente como solução para erros, acabou reduzindo a autoridade dos árbitros e prejudicando o nível geral da arbitragem no Brasil.
CONCLUSÃO
De uma maneira ou de outra a arbitragem no Brasil continua bem abaixo do que se espera do esporte mais popular do País. O que todos querem, na verdade, é que os árbitros deixem de ser protagonistas. Afinal, este papel cabe aos jogadores.






























