Conhecido e respeitado há menos de uma década como um clube bem administrado e vencedor, o Cruzeiro vive a pior fase de sua história e afunda na Série B do Brasileirão, correndo risco de um novo rebaixamento e sem condições de fazer contratações para reforçar a equipe.
Sucessivas más administrações na Raposa jogaram o clube no abismo, com dívidas tão altas e numerosas que recebeu uma incômoda punição da Fifa até que salde seus compromissos. Agora a instituição não pode sequer inscrever novos atletas, apenas receber de volta os jogadores que estavam emprestados, caso do atacante Sassá, que estava no Coritiba e retornou ao time celeste na última semana.
Enquanto isso, o técnico Ney Franco beira ao desespero para dar um mínimo padrão de jogo ao elenco, que vem colecionando fracassos e ocupa a 17ª posição na Série B, na zona de rebaixamento da competição. Para quem esperava subir para a divisão de elite no menor prazo possível após a queda em 2019, manter-se onde está parece ser o objetivo mais imediato
O time até começou bem a disputa da Série B, com três vitórias consecutivas e a falsa impressão de que tudo correria bem. Por conta de mais uma punição imposta pela Fifa, o clube iniciou a disputa com seis pontos negativos, o que já dificultou bastante as coisas para a celeste mineira.
Nos últimos oito jogos, porém, o pesadelo se aprofundou: a equipe conquistou apenas 25% dos pontos disputados. Dos 24 em disputa obteve apenas cinco, com uma vitória suada sobre o Vitória em Belo Horizonte por 1 x 0, dois empates e cinco derrotas. O que mais impressiona é que nem mesmo atuando em Minas o Cruzeiro consegue vencer bem e já não assusta mais ninguém.
No último jogo na capital mineira, contra o Avaí, um novo drama. O Cruzeiro não produziu quase nada, limitando-se a bolas aéreas sobre a área dos catarinenses (ao todo a equipe celeste teve 16 escanteios e não aproveitou um sequer) com nenhuma eficiência. Acabou levando um gol na segunda etapa e sofreu nova derrota, por 1 x 0.
Quase um terço do campeonato já foi disputado e não parece haver luz no fim do túnel para o outrora poderoso Cruzeiro. Para a torcida antes tão orgulhosa de um bicampeão da Libertadores e tetra campeão brasileiro resta cada vez mais torcer contra um novo rebaixamento. Até quando?