O mundo pode até não ser mais o mesmo na era do coronavírus, mas algo que não mudou foi a sina dos treinadores de futebol no Brasil. Bastam alguns resultados negativos que o primeiro “culpado” apontado é o técnico. Já na quarta rodada do campeonato deste ano Ney Franco do Goiás e Eduardo Barroca no Coritiba estão sem emprego por conta do mau rendimento de suas equipes.
Quem caiu primeiro foi Eduardo Barroca, na tarde desta quinta-feira. Com o pior início de campeonato de sua história – quatro derrotas em quatro jogos -, o Coxa demitiu o treinador sem sequer questionar a qualidade ou o desempenho do plantel neste Brasileirão até agora.
À noite foi a vez de Ney Franco. O Goiás perdeu em casa para o Fortaleza por 3 x 1, chegando a duas derrotas e um empate em três jogos. O culpado? Claro que o técnico, na visão da diretoria do esmeraldino goiano. Ninguém pareceu se importar com o fato fundamental de que o elenco do Goiás está com vários casos de Covid-19 atestados, o que dificulta qualquer um a colocar um time competitivo em campo.
Se levarmos em conta todo o ano de 2020 até agora, nada menos que 11 treinadores saíram de equipes da Série A e apenas três por sua própria vontade: Jorge Jesus (Flamengo), Enderson Moreira (Ceará) e Abel Braga (Vasco). Os dois primeiros deixaram os clubes em ótimo momento, mas Abel tinha conseguido apenas quatro vitórias em 14 partidas no comando cruzmaltino. Enfim, pode não ser o mordomo, mas no futebol o culpado quase sempre é o treinador…