Há coisas que só acontecem com o Botafogo. A frase, conhecida no universo do futebol, retrata com perfeição um fato insólito que envolveu o técnico Rámon Días, contratado no início de novembro. Seria o quinto treinador a dirigir o time neste Brasileirão, depois que se recuperasse de uma operação de garganta. O prazo estabelecido foi 7 de dezembro.
Com o time na zona do rebaixamento, diante de mais uma derrota – contra o Atlético Mineiro, no último dia 25 – e com o fantasma da segunda divisão batendo à porta, o clube não quis esperar mais pelo novo técnico.
Para substituí-lo foi chamado Eduardo Barroca – dispensado pelo Botafogo no ano passado – que estava no Vitória da Bahia. Ele aceitou o convite. Frisou que está muito feliz pela oportunidade de dirigir o time mais uma vez, e que sua ligação com o Botafogo nunca foi e nunca será só profissional. Garantiu que existe uma ligação afetiva.
Questionado sobre Keisu Honda, que pelas redes sociais ameaçou deixar o clube, insatisfeito com a troca de comando, Barroca disse que conta com todos os jogadores, “que vão contribuir para reverter o atual cenário”. É o que a sofrida torcida alvinegra espera.
Sua missão é manter o time, que está em penúltimo lugar, na Série A.
Restam 16 jogos. Serão necessárias oito vitórias – é preciso alcançar 45 pontos – e um empate.
Impossível? Não! Mas é improvável.
Ressalte-se, porém, que há coisas que só acontecem com o Botafogo.