Após a goleada por 5 a 1 diante do Internacional, o São Paulo perdeu a liderança do Brasileirão – Série A -, e o capitão Daniel Alves saiu de campo sem conceder entrevistas.
Por conta da oscilação do time na competição, tem sido criticado não só pela torcida, mas também por alguns comentaristas.
Alguns acham que deveria voltar a jogar na sua posição original, a lateral-direita, enquanto outros dizem para parar de bater faltas, e que o técnico o protege, por não o substituir, mesmo quando não está bem no jogo.
A análise das críticas deve ser feita sempre de forma equilibrada, pois futebol é paixão e, na maioria dos casos, a emoção prevalece – e não a razão.
Na última quinta-feira, durante uma entrevista coletiva, o jogador defendeu o técnico Fernando Diniz, que também tem sido criticado.
– O trabalho do Diniz é espetacular por uma razão. Não foi um treinador que teve muita possibilidade de contratações; teve que potencializar, ensinar e encorajar jogadores que estavam desacreditados por todos: pela imprensa, por nossos torcedores, a dar um passo à frente, a ser muito melhor do que eram.
Ao ser contratado pelo São Paulo, seu clube de coração, em julho de 2019, Daniel Alves surpreendeu a muitos, pois tinha propostas de outros clubes, alguns do exterior. Seu contrato vai até o final de 2022.
Sua participação no meio de campo são-paulino, com seu futebol técnico e de qualidade nos passes, foi fundamental para o crescimento técnico e tático do time, que durante um tempo liderou a competição, e chegou a ser considerado, por muitos, um dos favoritos ao título.
Daniel Alves, 37 anos, tem espírito de luta, joga com intensidade todas as partidas, o que deixa à mostra, seu bom preparo físico. Raramente fica de fora de um jogo, exceção apenas quando fraturou o braço, num lance bobo, contra o Atlético PR, em 26 de agosto último.
Mas, a despeito disso, não tem sido poupado pelos maus resultados da equipe, que tem oscilado com frequência. Por quê?
Talvez o problema seja emocional, a tentativa de ganhar um título brasileiro que o clube não consegue há 12 anos, quando conquistou o hexacampeonato brasileiro, e o episódio envolvendo o jogador Tchê Tchê, que foi destratado pelo técnico aos berros e palavrões, no jogo em que o São Paulo foi derrotado pelo Bragantino. Uma cena lamentável, que ainda não foi digerida pelos jogadores.
Será que o time vai conseguir superar os problemas e ainda brigar pelo título?