
Carlo Ancelotti está prestes a completar seis meses como treinador da Seleção Brasileira, um período marcado por desafios, adaptações e a consolidação de um estilo próprio à frente dos pentacampeões do mundo.
Desde que assumiu, em maio deste ano, o técnico italiano enfrentou uma eliminatória das mais complicadas, mas garantiu a classificação para a Copa do Mundo de 2026, que acontecerá nos EUA, México e Canadá.
“É muito bom para mim, é um trabalho diferente e de observação, o que tem sido muito bom. Tenho a oportunidade de trabalhar em um ambiente muito bom, conhecer outro país, o Brasil é fantástico e a recepção foi espetacular. Estou muito contente, satisfeito e ciente de que o objetivo que trabalhamos é muito importante para nós e para todo o país”, destaca Ancelotti sobre sua experiência até aqui.
JEITO BRASILEIRO E EVOLUÇÃO NO PORTUGUÊS
Ancelotti tem se empenhado não só na parte técnica, mas também na adaptação ao idioma e à cultura do futebol brasileiro, algo fundamental para a comunicação com os jogadores e para a construção de um ambiente de trabalho integrado. Em quatro Datas Fifa, o treinador tem aproveitado para consolidar o time, testar jogadores e aumentar seu conhecimento sobre o elenco.
“Tenho mais conhecimento dos jogadores, não conhecia muito quando cheguei. Vamos fazer mudanças e já estamos delineando uma equipe mais definida,” afirmou o técnico sobre suas convocações recentes.
A proximidade com o “jeito brasileiro” do futebol tem sido um ponto positivo, mas ainda há espaço para que ele incorpore completamente os detalhes táticos e culturais da nossa modalidade.
DESAFIOS NA DEFESA
A maior preocupação do técnico, contudo, é a fragilidade defensiva evidenciada principalmente no último amistoso contra o Japão, quando o Brasil perdeu de virada por 3 x 2.
Ancelotti reconhece o problema: “O maior erro foi que a equipe não teve uma boa reação depois do primeiro erro. Perdemos equilíbrio e boa atitude no campo, perdemos pensamento positivo. Foi uma boa aula para o futuro.”
A defesa ainda requer ajustes e maior consistência para que o Brasil chegue mais preparado ao Mundial. A aposta em zagueiros como Fabrício Bruno, mesmo após erros recentes, demonstra a confiança da comissão técnica no potencial de evolução da linha defensiva.
FORÇA OFENSIVA E MEIO-CAMPO
Apesar das dificuldades defensivas, a Seleção apresenta qualidade ofensiva e jogadores com alto desempenho individual, o que mantém o otimismo em torno do projeto de Ancelotti.
O treinador destacou que o setor ofensivo ainda pode melhorar, especialmente com a volta de jogadores importantes como Raphinha, que está lesionado.
Além disso, o esquema tático empregado busca equilíbrio com jogadores como Casemiro protegendo a área e homens de frente ajudando na recomposição.
Segundo análises feitas por comentaristas esportivos, o Brasil tem entregue um bom nível tático e técnico, ainda que haja espaço para maior fluidez e aproximação entre meio-campo e ataque.
SENEGAL
Neste sábado, às 13 horas (de Brasília), o Brasil enfrentará Senegal no Emirates Stadium, em Londres, em mais um teste importante para Ancelotti e seu time. A partida servirá para seguir aprimorando a equipe em ritmo de Data Fifa, buscando soluções para as fragilidades mostradas nos jogos recentes.
Jogadores convocados também comentam a importância desses amistosos para o entrosamento e ajustes. O goleiro Alisson, contundido e de fora do jogo contra o Senegal, ressaltou recentemente:
“Estamos cientes das dificuldades, mas confiamos no trabalho do treinador para corrigir os erros e construir uma equipe forte para a Copa.”






























