Luiz Felipe Scolari chegou ao Cruzeiro e desde que assumiu como técnico o time registrou um aproveitamento de 60% na Série B do Brasileirão. Se a campanha da Raposa tivesse começado desde que ele assumiu, o clube já estaria na terceira posição e, portanto, próximo do sonhado acesso à divisão de elite do futebol brasileiro.
Porém, além de ter começado a competição com seis pontos a menos por conta de uma punição imposta pela Fifa, o Cruzeiro patinou durante boa parte do campeonato e agora está em situação difícil para voltar à Série A já em 2021.
Os mineiros ainda terão sete jogos até o final do certame e, segundo matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), somente com um histórico e inédito aproveitamento de 95,2% até o final da Série B o clube terminaria no G4 e voltaria à elite. Na prática, isto representa ter de vencer todos as partidas restantes.
O Cruzeiro está no momento na 11ª colocação, com 40 pontos, nove a menos que o primeiro time na zona de classificação para a Série A, o Juventude (RS). Uma diferença que, infelizmente para os cruzeirenses, é muito grande para ser tirada em poucos jogos.
Desde que Felipão assumiu o Cruzeiro já jogou 15 partidas pela Série B, com sete vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. Mesmo com o sucesso de Scolari, as chances de acesso, segundo os matemáticos da UFMG, são de apenas 1,4%. Segundo a casa de apostas 22Bet, o Cruzeiro não tem chance de ser promovido.
Por conta de possibilidades tão reduzidas, Felipão insiste em seu posicionamento de evitar falar em acesso com os jogadores e a imprensa, preferindo concentrar-se apenas em cada jogo do Cruzeiro. Pelo menos o fantasma de um novo rebaixamento, agora para a Série C, parece ter sido definitivamente superado pela Raposa, mas os cruzeirenses com certeza lamentam que o ex-treinador das Seleções Brasileira e de Portugal tenha chegado muito tarde.