
O futebol gaúcho, um dos mais tradicionais do País, vive dias difíceis na temporada 2025 do Campeonato Brasileiro. As equipes do Rio Grande do Sul têm tido atuações bem abaixo que esperavam seus torcedores e correm riscos na competição nacional.
O Grêmio, mesmo após a vitória por 3 x 1 sobre o Juventude, ocupa apenas a 11ª posição na tabela, com 39 pontos, demonstrando um desempenho mediano que deixa o clube longe das disputas mais acirradas por vagas na Libertadores. Já o Juventude permanece na zona de rebaixamento, na 19ª colocação, com pouca chance de escapar da queda.
Enquanto isso, o Internacional amarga a 15ª colocação, com 35 pontos, três a mais que o Vitória (BA), que atualmente abre o Z-4. O Colorado vinha de derrota por 1 x 0 para o Fluminense no Maracanã, mostrando fragilidade em sua campanha.
PREOCUPAÇÃO
A conjuntura atual do futebol gaúcho é preocupante para torcedores e especialistas. “O Grêmio sempre foi um gigante do futebol brasileiro, mas hoje sentimos que falta planejamento e investimento adequados para tirar o time dessa média constante. A equipe não consegue manter regularidade e isso pesa”, afirma Mano Menezes, treinador do Imortal.
O baixo investimento em contratações impacta diretamente dentro de campo, assim como a pressão por resultados imediatos e as frequentes trocas no comando técnico.
No Internacional, Ramón Díaz também vê problemas que vão além dos gramados: “O clube não está encontrando o equilíbrio necessário entre gestão, elenco e comissão técnica. Isso gera oscilações fortes e falta de confiança. Precisamos urgentemente de uma reestruturação para voltarmos a ser competitivos”.
As dificuldades financeiras somadas a questões extracampo, como problemas administrativos, têm abalado o desempenho dos dois principais clubes gaúchos.
FRAGILIDADE E FALTA DE RENOVAÇÃO
Para comentaristas esportivos, a situação dos clubes gaúchos está ligada a uma combinação de fatores que incluem treinadores com metodologias ultrapassadas e falta de renovação no elenco.
O comentarista Mauro Cezar Pereira destaca: “O futebol da dupla Gre-Nal parece preso a um passado que não condiz mais com as exigências do futebol moderno. A falta de atualização tática e visionária dos treinadores torna o time previsível e vulnerável.”
Outro comentarista, Juca Kfouri, acrescenta: “Enquanto outras equipes brasileiras investem alto na preparação física, análise de dados e na modernização tática, Grêmio e Internacional ainda ficam engessados em conceitos antigos. O resultado é um futebol burocrático que não empolga e vê a distância para clubes do eixo aumentar ano após ano.”
SITUAÇÃO NA TABELA E RISCO DE REBAIXAMENTO
Embora o Grêmio ainda mantenha certa segurança na tabela do Brasileirão, a estagnação preocupa. “Os 39 pontos colocam o Grêmio como um time numa posição mediana, longe do sonho da Libertadores, mas fora do perigo imediato do rebaixamento, mas isso não anima a torcida nem o clube” admite Mano Menezes. O Juventude, com dificuldades incontornáveis, parece fadado à queda, o que só reforça o cenário dramático no futebol gaúcho.
O Internacional, por sua vez, está próximo da zona da degola. “A sensação que temos é de que o Colorado está patinando, não consegue sair dessa faixa intermediária que não leva a nada. Precisamos urgentemente de mudança tática e mental para evitar o risco de queda”, diz um preocupado torcedor do Colorado.
REESTRUTURAÇÃO
Mano Menezes analisou a situação gremista: “É um momento que exige paciência, mas também decisões rápidas. O clube precisa se modernizar para não ficar para trás.”” Já Ramón Díaz foi enfático quanto ao Inter: “Reestruturar o clube não é só trocar treinador, é repensar toda a base e cultura do futebol colorado.”
Mauro Cezar Pereira opinou: “O que se vê é um reflexo da falta de inovação, ausência de planejamento e distância da modernidade.”
Por fim, Juca Kfouri destacou: “Enquanto o futebol evolui, a dupla Gre-Nal parece preso a um ciclo de insucesso que só vai piorar sem mudanças radicalmente profundas.”
CONCLUSÃO
A situação dos clubes gaúchos é um alerta para a necessidade de mudanças estruturais profundas, com foco em gestão, tecnologia, elenco e mentalidade para evitar que o futebol da região perca seu protagonismo no cenário nacional.




























