
O mundo da bola parou para assistir ao sorteio da fase de grupos da Copa do Mundo FIFA 2026, que foi realizado na última sexta-feira, no Kennedy Center, em Washington. Ficou definido que a Seleção Brasileira cairá no Grupo C, ao lado de Marrocos, Escócia e Haiti.
Feito o sorteio, o que esperar da Canarinho no primeiro Mundial com 48 seleções, em que dois primeiros de cada grupo se classificam, junto com os oito melhores terceiros?
Para muitos comentaristas, o grupo é de alto risco; para outros, controlável. A seguir, o panorama com o que se falou até agora, os possíveis cenários e os riscos reais da fase de grupos à final.
ADVERSÁRIOS DOS BRASILEIROS
Marrocos – rival de maior “peso”
O principal rival do Brasil no grupo aparece como Marrocos. A seleção africana vem de ótima campanha no Mundial de 2022, quando terminou em 4º lugar, e manteve a base que fez história naquele torneio.
O técnico marroquino Walid Regragui admitiu que “enfrentar o Brasil de cara” será um desafio — e um “presente” ao mesmo tempo. Para ele, “aconteça o que acontecer, o Brasil continua sendo o Brasil… mas será um grande jogo”.
Escócia – resistência europeia e força física
A Escócia retorna à Copa após 28 anos de ausência. O time aposta em sua força física, coesão e espírito de grupo. O treinador Steve Clarke, por exemplo, declarou que o sorteio foi “fantástico”, especialmente por ter ficado em uma chave com equipes de três continentes diferentes.
Para muitos jogadores e ex-jogadores escoceses, embora o Brasil seja o favorito, há chance real de lutar pela segunda vaga e, até mesmo, tentar classificação direta.
Haiti — zebra ou surpresa constante?
O Haiti retorna à elite mundial após mais de 50 anos. No ranking da Fifa, aparece entre seleções menores, algo que teoricamente facilitaria para o Brasil.
Mas há um “jabuti escondido” no grupo. O novo formato com 48 seleções e a possibilidade de classificação de terceiros complicam contagens de risco e – como a história recente mostra – zebras não são impossíveis. Portanto, todo cuidado é pouco para a seção canarinho.
A VISÃO DE ANCELOTTI
Logo após o sorteio, Ancelotti foi direto: “é um grupo difícil”. Ele destacou a capacidade ofensiva e a boa campanha de Marrocos no Catar, além da consistência da Escócia — e considerou que “Haiti, embora tradicionalmente fraco, não pode ser subestimado”.
“Temos rivais fortes no grupo e precisamos trabalhar duro para o primeiro jogo contra Marrocos. Um sorteio poderia ter sido mais fácil, mas este é um pouco mais difícil. Nosso objetivo é terminar em primeiro lugar.” — Ancelotti para a imprensa internacional.
Ele enfatizou que vencer os jogos da fase de grupos será essencial para garantir a liderança da chave, o que o técnico considera uma vantagem diante da difícil perspectiva de confrontos na fase de mata-mata.
POSSÍVEIS TRILHAS E ARMADILHAS
Com a nova formatação do torneio internacional – com 48 seleções participantes – o caminho até a final é mais longo e imprevisível. A lógica sugere que a Seleção evite maior desgaste ficando em primeiro no Grupo C; no entanto, como a chave é competitiva, não dá para descartar tropeços.
Se terminar em primeiro, o Brasil provavelmente vai cruzar com uma seleção forte nas oitavas – da Ásia ou Europa, dependendo dos terceiros classificados.
GIGANTES
Já nas fases seguintes, a chance de topar com gigantes como Holanda, Japão, Alemanha, França ou até emergentes como Noruega é real — especialmente se não for primeiro. Esse cenário exige plena atenção da comissão técnica.
Analistas apontam que, embora o Brasil siga como um dos favoritos ao título, o conceito de “grupo fácil” praticamente não existe neste Mundial expandido: há convites para zebras, fadiga física e pressão por resultados constantes.
REAÇÃO DOS ADVERSÁRIOS E DA IMPRENSA INTERNACIONAL
- Walid Regragui (Marrocos) admitiu que enfrentar o Brasil já na estreia será “um sonho” para seus comandados — com respeito pela história brasileira.
- Steve Clarke (Escócia) vibrou com a mistura de continentes no grupo e disse acreditar que sua equipe pode surpreender. “Vamos trazer um pouco de mágica”, afirmou.
- Ex-jogadores escoceses como Scott Brown e James McFadden alertaram que bater o Haiti será essencial; eles veem como “realista” a disputa direta com Marrocos pela segunda vaga.
- A imprensa britânica, ao comentar o sorteio, falou em “grupo duro, mas desafiador” — com a Escócia representando a opção mais viável de zebra e com expectativa elevada para o duelo contra o Brasil.
No cenário global, agências como a Reuters e outros veículos internacionais classificaram o Grupo C como “um dos mais competitivos” desta fase de grupos.
A combinação de tradição, força física e imprevisibilidade foi mencionada como um dos maiores riscos à tranquilidade da Seleção mesmo antes dos jogos começarem.
AFINAL, O GRUPO É BOM?
💪 Para quem considera o peso histórico, o talento acumulado e o favoritismo natural, o Grupo C pode ser visto como “gerenciável”. O Brasil tem time, treinador experiente e histórico para avançar e até liderar a chave.
⚠️ Mas, se for considerada a força de Marrocos, a vontade da Escócia de surpreender e a imprevisibilidade de uma equipe como o Haiti, a chave pode oferecer mais risco. Em um Mundial com 48 equipes e mata-mata mais longo, qualquer vacilo pode ser fatal.
Apesar disto, os cenários mais prováveis são: primeiro ou segundo lugar no grupo, com classificação, mas sem garantia de caminho fácil.
CONCLUSÃO
]O Grupo C da Copa de 2026 – com Brasil, Marrocos, Escócia e Haiti – não é a chave mais fácil possível. Está longe de uma “barbada” e com certeza representará um grande teste de maturidade, foco e preparo da Seleção e da comissão técnica.
O favoritismo brasileiro é real. Porém, no futebol moderno os resultados inesperados, o novo formato da Copa e a vontade de adversários como Marrocos e Escócia podem tornar tudo muito mais complicado.






























