Se antes uma partida entre Barcelona e Real Madrid praticamente parava o mundo do futebol, tal o gigantismo dos clubes e fanatismo dos torcedores, a próxima edição de “El Clássico”, durante muitos anos considerado o maior jogo entre clubes do planeta, já não desperta tanta expectativa.
Várias seleções internacionais poderiam ao longo da história ser montadas apenas com atletas que vestiram as cores duas agremiações, sempre recheadas de craques que faziam os amantes do futebol mundial suspirar. Mas o próximo confronto entre os arquirrivais, marcado para este sábado às 11 horas (horário de Brasília), terá em campo equipes renovadas e em período de reconstrução.
O Real Madrid ainda preserva mais a “antiga forma” e manteve muitos craques. Contudo, o clube da capital espanhola perdeu em 2018 a maior estrela que já pisou o Estádio Santiago Bernabeu nos últimos tempos, o português Cristiano Ronaldo, que arrumou as malas e partiu para a Juventus da Itália.
Depois da saída do “gajo” o Real registrou uma acentuada queda técnica e ainda não se recuperou, principalmente no campo internacional. Clubes como o Paris Saint Germain, a Juventus e, é claro, o atual da Champions League, o Bayern de Munique, aparentemente tomaram o protagonismo dos espanhóis e passaram a dominar as ações no velho continente, juntamente com ingleses do Liverpool e do Manchester City, por exemplo.
Do lado do Barcelona, que jogará em casa no clássico deste sábado, a queda foi ainda mais acentuada. Na última edição da Champions a equipe catalã sofreu a maior humilhação da sua história ao ser esmagada pelo Bayern com uma impiedosa goleada por 8 x 2 em Lisboa.
Após o desastre a diretoria do Barça iniciou logo uma grande renovação. O supercraque Messi ainda continuou – mesmo a contragosto – no clube da Catalunhua, mas atletas como seu antigo companheiro Suárez foram dispensados e a contratação de jovens promissores como Pedri e Ansu Fati, ambos de 17 anos, passou a ser a prioridade do novo técnico Ronald Koeman.
A própria diretoria e o treinador reconhecem que grandes resultados continentais podem demorar e pedem paciência à fanática torcida catalã. De qualquer maneira, o clássico deste sábado ficou esvaziado, embora emoções fortes sempre possam surgir quando os maiores rivais do planeta se encontram. É o que mundo do futebol espera.