No ano passado, Neymar ficou praticamente um mês sem jogar, após sofrer uma lesão durante uma partida pela Liga dos Campeões, em outubro. Na segunda quinzena do mês seguinte, retornou a campo pelo Campeonato Francês, num jogo contra o Mônaco. O PSG perdeu de virada – 3 a 2.
No último dia 11, seu time venceu o Caen por 1 a 0, pela Copa da França, e Neymar deixou o campo contundido – músculo adutor da coxa esquerda. Mais uma contusão, entre as muitas que já teve, desde que foi contratado pelo PSG, em agosto de 2017.
A soberba e uma visão distorcida em relação à sua profissão, sempre fizeram parte da carreira de Neymar. Ele ainda não entendeu – e pelo visto jamais entenderá – que não dá para ser jogador de futebol e boêmio ao mesmo tempo.
Sua negligência em cuidar da parte física tem sido o principal motivo das suas muitas contusões. Os treinamentos, os jogos ao longo da temporada e as noites mal dormidas, tudo isso acaba gerando uma fadiga muscular. Não há músculo que aguente. Ressalte-se que o seu estilo de jogo, que costuma dominar a bola e forçar o drible, ao invés de tocar rápido para evitar – sempre que possível – o corpo a corpo também contribui para as suas contusões.
Seja a modalidade esportiva coletiva ou individual, além da dedicação aos treinamentos, a preocupação com o condicionamento físico e com uma vida regrada é de fundamental importância. Quando isso não é levado a sério como deve ser, geralmente a carreira é abreviada.
A imprensa francesa cansou de Neymar. Não aceita mais sua postura, suas noitadas, e as desculpas do seu pai – Neymar da Silva Santos – dizendo que seu filho é perseguido por jogadores violentos e árbitros que não punem a violência.
Revoltado com uma declaração do técnico do Caen, Pascal Dupraz, que chamou Neymar de chorão, o pai do jogador disse que a culpa pelas seguintes contusões do seu filho é de treinadores como Dupraz, árbitros, campeonatos que não querem saber dos jogadores e jornalistas, que na sua maioria, segundo sua opinião, são parciais.
Quer dizer: para o pai de Neymar, o diabo são os outros.