Poucos dias após a morte de Pelé em São Paulo, o futebol está mais uma vez de luto. Faleceu na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro, o ex-jogador Roberto Dinamite, maior ídolo e artilheiro da história do Vasco da Gama.
Roberto ganhou este apelido em 1971, quando tinha apenas 17 anos e marcou seu primeiro gol pelo Vasco, na vitória por 2 x 0 sobre o Internacional no Maracanã. Na ocasião, um jornal esportivo carioca deu como manchete “Garoto-dinamite explodiu.” Ele marcou mais 707 defendendo o clube carioca, 26 pela Seleção Brasileira, 11 pela Portuguesa e três pelo Barcelona.
Dinamite tinha 68 e lutava contra um tumor no intestino desde o final de 2021. Ele teve uma piora no quadro há alguma semanas e teve de ser internado, mas não resistiu ao tratamento e faleceu por volta das 11 horas deste domingo, num hospital da Unimed no Rio de Janeiro.
Ao todo Roberto Dinamite jogou 1.110 partidas pelo Vasco e marcou 190 gols em suas participações em campeonatos brasileiros, recorde jamais alcançado até hoje. Era um atacante matador e que também batia muito bem faltas em diferentes posições.
Pelo Vasco o ex-jogador conquistou um campeonato brasileiro em 1974 – o primeiro da história do clube – e cinco estaduais, nos anos de 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992. Em 1980, após uma breve passagem pelo Barcelona, Dinamite voltou ao seu clube de coração e marcou nada menos que três gols em sua reestreia contra o Corinthians no Maracanã com 100 mil pessoas. O jogo terminou 5 x 2 para o clube carioca.
Segundo o próprio Roberto, o maior gol de sua carreira aconteceu ainda no final dos anos 70, contra o Botafogo, quando deu um lançou no jogador Osmar e jogou para as redes do alvinegro – sua principal vítima no futebol carioca – no último minuto da partida. O confronto terminou 2 x 1 para o Cruzmaltino.
Dinamite ainda foi presidente do clube de 2008 a 2014 e durante sua gestão, marcada por muita turbulência e críticas da torcida que tanto o idolatrou, conseguiu conquistar a Copa do Brasil de 2011, mas viveu um rebaixamento em 2013. Roberto também entrou para a política e elegeu-se mais de uma vez para deputado estadual no Rio de Janeiro.