Jorge Jesus sonha em retornar para o Brasil

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Jorge Jesus
Jorge Jesus (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Tudo flui, nada permanece. O mesmo homem não mergulha no mesmo rio, porque muda o rio e muda o homem – disse Heráclito, um dos principais filósofos da Antiguidade. Às vezes ficamos saudosos de alguns momentos da nossa vida, pessoal ou profissional, onde fomos bem sucedidos.

É o caso, por exemplo, do técnico Jorge Jesus, que quando dirigiu o Flamengo virou ídolo da torcida rubro-negra, pois conquistou praticamente tudo que disputou, destaque para o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores. Só não levou a Copa do Brasil, perdida para o Atlético-PR, nas quartas de final, e o Mundial de Clubes, derrotado na decisão pelo Liverpool.

Sua participação no comando do time rubro negro funcionou tão bem que, à época, surgiu uma polêmica no meio futebolístico, se um técnico do exterior era superior ao nosso. Discussão que vai do nada a lugar nenhum, diga-se de passagem. Não convém generalizar. Cada caso é um caso.

Vitorioso, ídolo da torcida, querido pelos jogadores que dirigiu no Flamengo, Jorge Jesus decidiu voltar para Portugal. Foi dirigir o Benfica. Chegou valorizado, cheio de moral, mas, logo no início do seu trabalho em solo português, o time de Jesus foi eliminado na terceira fase preliminar da Uefa Champions League pelo Paok, comandado à época pelo Abel Ferreira, hoje no Palmeiras.

Na Supertaça de Portugal, final entre o campeão português e da Taça de Portugal, enfrentou o Porto e foi derrotado por 2 a 0, em dezembro último. A última eliminação foi na Taça da Liga, quando o time enfrentou o Sporting Braga, do técnico Jorge Carvalhal, e perdeu por 2 a 1.

O técnico colocou a culpa pela derrota na Covid-19. Alegou que não pôde contar com sete jogadores infectados pelo coronavírus. Diante da fase difícil, Jorge Jesus, cujo vínculo com o Benfica vai até 2022, já manifestou a vontade de retornar para o Brasil e treinar um time brasileiro, com prioridade para o Flamengo – evidentemente. Alguém se habilita? Sonha também em dirigir a Seleção Brasileira, após a Copa do Mundo do Qatar. Saudades dos bons tempos! Afinal, como diz o dito popular, sonhar não custa nada.