Rogério Ceni chegou ao Flamengo como solução para o posto de treinador. Com um ótimo trabalho no Fortaleza e já apontado como uma das maiores promessas entre os técnicos brasileiros, o ex-goleiro porém tem vivido um péssimo início no atual campeão brasileiro e já foi eliminado de duas competições importantes, a Copa do Brasil e a Libertadores da América.
O começo de Ceni não poderia ser pior. Na verdade, o treinador tem mais eliminações que vitórias até aqui. Em seis partidas no comando do Flamengo conseguiu apenas uma vitória, três empates e duas derrotas, com sete gols marcados e nove sofridos.
Além de ser derrotado duas vezes pelo São Paulo e eliminado da Copa do Brasil, o Flamengo de Ceni empatou as duas partidas pelas oitavas de final com o Racing da Argentina pelo mesmo placar de 1 x 1 e perdeu a classificação nos pênaltis. Duas eliminações precoces e doloridas que já comprometem o início do trabalho do treinador.
Até o momento o aproveitamento de Rogério Ceni à frente do rubro negro carioca é de apenas 33%, inferior ao de Domènec Torrent, que tinha 64,1% até perder o cargo e ser substituído pelo ex-goleiro do São Paulo. Muito pouco para quem chegou com tantas expectativas de sucesso.
Aos poucos Ceni vai descobrindo que treinar um grande clube como o atual campeão da Libertadores e do Brasileirão é bem diferente que comandar o Fortaleza, com todo o respeito devido ao tricolor cearense. A torcida flamenguista perde a paciência com muita facilidade e já está exigindo a conquista da Série A deste ano como uma obrigação para um elenco milionário e cheio de estrelas.
Na partida de volta contra o Racing no Maracanã Ceni errou na escalação da equipe e pecou por escalar mais uma vez Gustavo Henrique, que atravessa uma péssima fase e mais uma vez errou feio no gol do time argentino. Já passou da hora do ex-goleiro, que ainda pode ter um grande futuro como treinador, “abrir o olho” e errar menos em suas escolhas.